Uma foto da ex-Spice Girl Victoria Beckham, que recebeu mais de meio milhão de curtidas, está dividindo opiniões, tudo por conta de um selinho que ela dá na filha. Mas afinal, é correto ou não beijar os filhos na boca?
A maioria dos comentários são de elogios pela linda foto que ela postou ao lado da pequena Harper. Contudo, existem aquelas pessoas que criticaram a cena. "Legal, mas você não deveria beijar sua filha nos lábios. Não quero ser grosseiro, mas é verdade", diz uma pessoa.
Publicidade
Em entrevista à BBC, a especialista em etiqueta social Liz Brewer disse que essa escolha de beijar ou não os filhos nos lábios fica a critério somente dos pais da criança.
Porém, a psicóloga infantil e educacional da Universidade da Califórnia Charlotte Reznick, afirmou em seu livro "The Power of Your Child's Imagination: How to Transform Stress and Anxiety into Joy and Success" ("O Poder de Imaginação de seu Filho: Como Transformar Estresse e Ansiedade em Felicidade e Sucesso", na tradução livre, afirma em sua obra que beijar os filhos na boca é algo muito sexual.
"O beijo pode ser estimulante quando as crianças começam a ter consciência sexual", afirmou. "E também é muito confuso. Se a mamãe beija o papai na boca, o que significa quando eu, uma menininha ou menininho, beijo meus pais na boca?", escreveu em um artigo de 2010, que viralizou no ano passado.
Outra preocupação presente nos comentários da foto da esposa de David Beckham foi a transmissão de doenças. Contudo, essa recomendação é feita pelos especialistas, principalmente em relação aos bebês, que nascem com baixa imunidade.
"Carinho é sempre bom. Mas é claro que nem todas as atitudes estão livres de riscos. Devemos evitar beijar muito próximo ao rosto do bebê, por exemplo. O beijo pode ser dado em outras áreas, como nas perninhas ou nos pezinhos. As mãos do bebê também devem ser evitadas, pois podemos deixar germes, e eles as levam muito à boca. Portanto, ao visitar e acarinhar o bebê devemos ter em mente sempre dois aspectos: a higiene e a ideia de que os visitantes devem estar sadios", afirma Adriana Teixeira, enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
E você, o que acha do assunto?