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Incentivo à leitura

Jovem do Espírito Santo cria biblioteca pública na praia

Maisa Carvalho - Redação Bonde
07 mar 2017 às 17:25
- Reprodução/Facebook
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A jovem capixaba Suzana Lordelo Braga sempre teve o hábito de ler muito. A leitura era sua paixão e desde pequena ela sempre frequentou a Biblioteca Pública de Vitória (ES), sua cidade natal. A leitura é tão importante para ela, que ganhou um espaço importante na sua profissão. Atualmente, Suzana, que tem apenas 24 anos, trabalha como tradutora.

Há algum tempo ela se mudou para Vila Velha, no interior do estado, e se deparou com uma realidade diferente da capital capixaba. A Biblioteca Pública de Vila Velha estava em condições muito ruins e era muito mal utilizada. Foi então que Suzana teve a ideia de abrir uma biblioteca pública na praia.

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"Querendo ou não livro é uma coisa cara, nem todo mundo tem acesso à leitura e as condições da biblioteca de Vila Velha não ajudavam para que as pessoas se interessassem ou procurassem o espaço", afirma a jovem.

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Ela explica que o projeto começou por uma vontade própria de compartilhar seu amor pela leitura e oferecer acesso para que cada vez mais pessoas se interessem por livros.

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Assim que anunciou o projeto pelas redes sociais, Suzana já começou a receber muitas respostas. "No começo não tinha nenhuma ideia de que as pessoas se interessariam do jeito que se interessaram por isso."


Ela começou a pedir doações de livros e fez o que chamou de "uma preparação" para lançar o projeto: saiu pelas ruas de Vila Velha distribuindo e colando panfletos sobre a nova biblioteca pública da cidade. Segundo ela, para a realização de um projeto como esse, é preciso apenas estímulo. "O que falta é só o estímulo para que as pessoas se proponham a ajudar. A atmosfera atual do nosso país está tão pesada, que qualquer coisa que as pessoas fazem para ajudar, já é uma esperança. Alguma coisa positiva", opina.

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Para Suzana, o objetivo do projeto é conseguir espalhar o bem. Segundo ela, em nenhum momento quis se tornar uma inspiração, ela apenas fez algo que sempre quis e pensou que com tal atitude ajudaria pessoas que, diferentemente dela, não tiveram o mesmo acesso à literatura.


"A gente tem que saber do nosso privilégio. Acho que se doar para os outros é sempre bom para você, ainda mais sem expectativa de retorno."

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Suzana conta que a biblioteca começou pequena e foi ganhando doações da comunidade, dos amigos e de internautas. Para abrigar os livros, ela usa uma tenda de uma igreja católica de Vila Velha que ficava na praia e era pouco usada.


Por conta da onda de violência que vem devastando o Espírito Santo com a greve da Polícia Militar, o projeto foi suspenso, mas Suzana confessa que pretende continuar expandindo. A próxima etapa é criar um grupo de troca de livros na comunidade de Vila Velha. Com ajuda da Associação dos Moradores da Praia, ela conseguiu um espaço para a realização da nova etapa do projeto.


Para Suzana, os livros transformam o leitor e são objetos de longa duração, por isso a troca de exemplares incentivada por ela, além de incentivar o acesso à literatura, consegue significar o consumo, pois o livro que será trocado será lido por mais pessoas, prolongando sua uitlidade.

"As pessoas precisam agir mais. A gente precisa de menos 'textão' e mais ação. É preciso incentivar as pessoas a terem interesse, tirar as ideias do papel. Não ficar postando sobre a importância da leitura, levantar da cadeira e dar acesso às pessoas que não têm. Se você é privilegiado, não ficar só desdenhando de quem não lê", propõe a tradutora.


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