Um dos efeitos do processo do envelhecimento no ser humano é a diminuição do nível das atividades. Dados do Estado de São Paulo evidenciaram que o nível de sedentarismo se manteve constante (5,4% a 9,6%) nos grupos de 15 a mais de 70 anos de idade.
Pesquisas sugerem que mulheres envolvidas regularmente em atividade física mantêm o perfil antropométrico (referente às proporções do corpo) estável durante o processo de envelhecimento independente da idade cronológica.
A atividade física regular tem um papel fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar, que tão válido quanto estimular a prática regular da atividade física aeróbica, de fortalecimento muscular e do equilíbrio, as mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo são parte fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.
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Os efeitos benéficos da prática regular da atividade física têm sido amplamente estudados e incluem:
Controle ou diminuição da gordura corporal;
Manutenção ou incremento da massa muscular, força muscular e da densidade óssea;
Aumento do volume de sangue circulante, da resistência física em 10-30% e da ventilação pulmonar;
Melhora nos níveis de HDL e diminuição dos níveis de triglicérides, colesterol total e LDL, e dos níveis de glicose;
Diminuição do risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral, hipertensão, diabetes tipo 2, osteoporose, obesidade, câncer de cólon e câncer de útero;
Melhora do autoconceito, auto-estima, imagem corporal, estado de humor, tensão muscular e insônia;
Diminuição do estresse, ansiedade e depressão, consumo de medicamentos e incremento na socialização;
Redução do risco de quedas e lesão pela queda;
Melhora do tempo de reação, sinergia motora das reações posturais, velocidade de andar, mobilidade, e flexibilidade.
Um dos aspectos mais fascinantes é a relação entre o exercício físico e a longevidade; os estudos mostram, de forma geral, que os indivíduos ativos anteriormente, apresentam um menor risco de mortalidade por todas as causas do que os fisicamente inativos.
Também foi demonstrado que a atividade física na idade adulta jovem foi inversamente relacionada com o risco de Parkinson (60% menos risco nos homens que realizavam atividade física vigorosa mais de 10 meses por ano).
As evidências destacam o impacto positivo da atividade física regular em aspectos cognitivos, na saúde mental e bem estar geral do individuo durante o processo de envelhecimento. Alguns destacam o efeito da atividade física, mais especificamente da caminhada (na diminuição do risco de demência), assim com a existência de menor declínio cognitivo naqueles com hábitos saudáveis.
O exercício pode elevar fatores de crescimento, estimular a neurogênese, mobilizar a expressão de genes que beneficiam o processo de plasticidade cerebral, aumentar a resistência do cérebro ao dano, melhorar a aprendizagem e o desempenho mental.
Roteiro de atividades antienvelhecimento:
A recomendação de atividade física para a saúde durante o processo de envelhecimento ou para o idoso segue as mesmas linhas de recomendação para a população geral. A recomendação de atividade física no idoso enfatiza quatro aspectos chave para a promoção de um envelhecimento saudável:
Atividades aeróbicas: para a promoção e manutenção da saúde, o idoso deve realizar atividades aeróbicas de intensidade moderada pelo menos 30 minutos diários em cinco dias da semana.
Fortalecimento muscular: exercícios com peso, realizados em uma série de 10-15 repetições, de 8 a 10 exercícios que trabalhem os grandes grupos musculares, de dois a três dias não consecutivos.
Flexibilidade: atividades de pelo menos 10 minutos com o maior número de grupos de músculos e tendões, por 10 a 30 segundos; em 3 a 4 repetições de cada movimento estático, todos os dias de atividades aeróbicas e de fortalecimento.
Equilíbrio: exercícios de equilíbrio três vezes por semana.
Fonte: MATSUDO, Sandra Mahecha Marcela. Envelhecimento, Atividade Física e Saúde. BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.) [online]. 2009, n. 47, p. 76-79. Disponível em: http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.