Ter um lado da face maior que o outro, tanto em relação à largura como à altura, uma sobrancelha mais alta, uma pálpebra mais baixa, nariz ou lábios um pouco desviados... Pequenas assimetrias na face são resultado de diferenças no crescimento da estrutura óssea e, algumas vezes, de uma maior ou menor expressividade, de cada lado do rosto. Raramente, o grau de assimetria da face exige uma cirurgia crânio-maxilo-facial. A simetria facial pode ser alcançada mediante o implante de próteses sólidas ou de hidrogel. A assimetria das sobrancelhas pode ser corrigida com um lifting endoscópico unilateral.
Já a assimetria dos seios é uma das mais sérias alterações do esquema corporal juvenil, pode atingir graus tão elevados cuja correção pode exigir a redução de uma das mamas e a colocação de próteses na outra. "A assimetria mamária ocorre quando o tamanho, a forma e o aspecto de uma mama são diferentes uma da outra. O problema pode afetar toda a mama, incluindo a aréola e o mamilo, que poderão se apresentar diferentes um do outro. Geralmente, a assimetria começa a se manifestar durante a puberdade, época de desenvolvimento das mamas", explica o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.
A maioria das mulheres apresenta algum grau de assimetria mamária, algumas são mais intensas que outras. "A explicação para este fato é que as mamas não começam a se desenvolver exatamente ao mesmo tempo e com a mesma velocidade. Pode haver diferença em seus receptores hormonais. Essa diferença faz com que uma se desenvolva antes da outra, tornando-as diferentes, na maioria das mulheres", diz o médico.
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Muitas formas...
Quando falamos em assimetria mamária, temos que considerar as diferentes situações da mama no tórax: uma ou ambas podem se apresentar mais lateralizadas, ou juntas, uma mais baixa que a outra, ou com formato diferente, como uma mais larga que a outra e assim por diante. "É preciso que o cirurgião plástico avalie o corpo com um todo, pois as assimetrias são comuns e podem ser consideradas normais até certo grau", alerta Ruben Penteado, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
No caso das assimetrias mamárias, múltiplas técnicas cirúrgicas poderão ser aplicadas para equilibrar as diferenças, sejam para a redução da mama maior ou para o aumento da menor. Há técnicas também para remodelagem das duas mamas.
Segundo Ruben Penteado, as mulheres mais jovens são as que mais se queixam das assimetrias de mama por medo de que o problema se torne evidente. "Geralmente, são meninas na fase de puberdade, em franco desenvolvimento do corpo feminino, que relatam o problema. É preciso cautela, é necessário aguardar o tempo da maturidade corporal e, só intervir cirurgicamente, no momento certo, sem o risco de perder o resultado cirúrgico com a continuidade do crescimento mamário", informa o especialista em Cirurgia Plástica.
A assimetria mamária também pode aparecer ou se acentuar após a amamentação, principalmente, se o bebê sugar preferencialmente só uma das mamas. "O ideal é a alternância das mamas durante a amamentação. Ainda nesta fase, se houver um episódio de mastite, este poderá desencadear algum tipo de assimetria, em algumas mulheres", conta o médico.
Outras patologias podem levar a assimetria, dentre as quais, o câncer de mama, que pode ocasionar a perda da mama. Nos homens, a assimetria mamária decorre geralmente de um transtorno conhecido como ginecomastia.
A correção do problema
"A simetrização cirúrgica das mamas através da cirurgia plástica é realizada a partir de uma avaliação criteriosa de cada caso, considerando o tipo de assimetria e as possibilidades técnicas. É muito importante o entendimento por parte do paciente que a simetrização através de cirurgia não deve ser encarada do ponto de vista milimétrico. O cirurgião plástico precisa levar em consideração outros aspectos como a forma e a relação das mamas com as regiões vizinhas no corpo, pois naturalmente, não somos bilateralmente iguais na nossa própria estrutura óssea e corporal", conta Ruben Penteado.
A cirurgia de simetrização das mamas deve ser feita em centro cirúrgico de hospitais ou clínicas especializadas. Técnicas apropriadas serão indicadas para os diferentes casos e suas necessidades. O pós-operatório segue os mesmos preceitos de todas as cirurgias plásticas de mama.
Serviço:
www.medintegrada.com.br
http://dicadebelezadiaria.blogspot.com
http://twitter.com/rubenpenteado