A modelo muçulmana Amena Khan, escalada para um comercial de shampoo da marca L'Oreal, desistiu de seu contrato nesta terça-feira (23) após se envolver em uma polêmica com um tweet anti-israelita. Em 2014, Amena publicou em seu Twitter críticas contra o conflito entre Israel e a Faixa de Gaza - em que milhares de pessoas foram dizimadas, a maioria civis. As publicações vieram a público através do veículo norte-americano "Daily Caller". Nas mensagens - agora deletadas - Khan apontava que Israel era um "Estado sinistro", um "Estado ilegal", além de declarar que o país está cheio de "assassinatos de crianças". Em outras postagens, que desta vez não foram apagadas, ela acusa Israel de "tortura", "assassinato" e "estupro". Na quarta-feira (23), a modelo usou a sua conta do Instagram para se desculpar e comunicar a desistência do contrato. "Eu me arrependo profundamente do conteúdo dos tweets que eu publiquei em 2014, e me desculpo sinceramente pela tristeza e sofrimento que eu causei", escreveu. "Recentemente tomei parte de uma campanha, que me animava, porque celebrava a inclusão. É com grande arrependimento que eu decidi renunciar a essa campanha, devido a comentários recentes que poderiam prejudicar o sentimento positivo e inclusivo", completou.
Ela ainda defendeu a diversidade. "Defender a diversidade é uma das minhas paixões, eu não discrimino ninguém, por nada. Eu escolhi deletar [o conteúdo] que não representa a mensagem de harmonia que eu apoio." Khan - que tinha contrato com a L'Oreal desde 2016, com campanhas de cosméticos - seria a primeira modelo que usa hijab (o véu islâmico) a estrelar um comercial de xampu. De acordo com o jornal israelense "The Jerusalem Post", a L'Oreal sabia do conteúdo dos tweets e, o contrato foi finalizado com concordância mútua. "A L'Oreal Paris está comprometida com a tolerância e o respeito com todas as pessoas. Nós concordamos com a decisão dela de sair da campanha", disse um representante da marca.