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Aberto no último dia 5

ANS abre processo contra cooperativas que exigiam assinatura do marido para inserção de DIU

Victoria Damasceno - Folhapress
17 ago 2021 às 09:48
- iStock
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A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) abriu um processo administrativo para investigar as cooperativas de assistência à saúde que estavam exigindo a assinatura do marido para a inserção do DIU (dispositivo intrauterino) em mulheres casadas.

As cooperativas alvo da ação são as unidades da Unimed de João Monlevade e Divinópolis, em Minas Gerais, e Ourinhos, no interior de São Paulo. Juntas elas atendem a mais de 50 municípios. A exigência do consentimento do marido pelas cooperativas foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo no início do mês.

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Após o contato da reportagem, as unidades de Divinópolis e Ourinhos declararam ter abandonado a imposição. Já a cooperativa João Monlevade negou exigir o consentimento. Disse que apenas recomenda que o termo de consentimento seja compartilhado, por isso o espaço da assinatura do companheiro.

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Com a abertura do processo pela ANS, as cooperativas receberam ofícios que solicitavam esclarecimentos baseados nas informações da reportagem. A resposta das unidades será analisada pela área técnica da agência para verificar a pertinência da abertura de um procedimento de apuração.

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O processo foi aberto no último dia 5 após a agência, por meio de seu presidente Paulo Rebello, receber um ofício assinado pelo ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP). Ele pedia que os planos de saúde citados na reportagem fossem investigados.


A Defensoria Pública de São Paulo também enviou um ofício à Unimed Ourinhos pedindo esclarecimentos sobre a exigência. O órgão pede ampla divulgação às consumidoras sobre o fim da imposição e que a operadora indique quais providências serão tomadas para prevenir novos casos.

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O Procon já havia pedido explicações de 11 operadoras de planos de saúde sobre a prática de se exigir a autorização do cônjuge para inserção do contraceptivo.


Na época, o órgão deu 72 horas para as empresas explicarem qual procedimento adotam, se oferecem cobertura para métodos contraceptivos transitórios ou reversíveis, e procedimentos de esterilização feminina e masculina, além de detalhar as condições e exigências que são impostas aos beneficiários do plano, indicando quais os fundamentos legais para os critérios estabelecidos.

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As operadoras notificadas foram Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Notre Dame, Omint, Porto Seguro Saúde, Qsaúde, Sompo Saúde, Sulamérica, Unimed Seguros e Vison Med (Golden Cross).


Entre as operadoras que se manifestaram publicamente, a Qsaúde afirmou em nota não exigir o consentimento do cônjuge para a realização do procedimento. "A operadora entende que a decisão da escolha de método contraceptivo deve ser tomada pela mulher, conforme recomendação do seu médico", declarou.


A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15 grupos de planos e seguros privados de assistência à saúde, declarou que todas as suas associadas seguem os procedimentos da ANS e, portanto, não exigem o consentimento do cônjuge para a inserção do DIU.

"A entidade ressalta que a decisão de colocar o DIU -um método contraceptivo temporário- é única e exclusivamente da mulher, com a orientação de um profissional médico. Portanto, as operadoras associadas à FenaSaúde respeitam e incentivam essa autonomia", afirmou em nota.


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