Já imaginou acordar e não conseguir movimentar parte do rosto? "Não tem como não se assustar", é o que conta Vanessa Faria, de 30 anos, maquiadora de Londrina que passou por esse momento e foi diagnosticada com Paralisia de Bell há dez dias. Segundo a neurologista Aline Vitali, a doença é a inflamação de um nervo facial que resulta na perda temporária dos movimentos de um dos lados do rosto.
A maquiadora diz que apesar do susto, a visita imediata ao médico a tranquilizou. "Foquei no que a médica me disse, que era algo passageiro e que iria melhorar com o tratamento. Apesar da minha rotina ter mudado completamente e eu ter deixado de fazer coisas que gosto, como a musculação, estou focada na minha melhora", afirma.
A neurologista informa que não há o que as pessoas possam fazer para evitar a Paralisia de Bell. "A inflamação é ocasionada por um vírus. Não existe confirmação de que determinados comportamentos podem influenciar na doença. Além disso, acontece nas mais variadas idades, desde crianças até idosos", diz a médica.
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Faria tem uma grande influência nas redes sociais e decidiu expor sua doença para tentar ajudar outras pessoas. "Acredito que não existe motivo para ter vergonha. Desde que comecei a falar a respeito, muitas mulheres vieram desabafar comigo, contar que não saiam de casa, que estavam em depressão. É bacana ver que minha forma de lidar com o problema pode ser útil para quem está passando pela mesma situação ou venha a passar", finaliza a maquiadora. Em apenas nove dias de fisioterapia, Faria já nota sinais de melhora.
Ainda de acordo com a neurologista, manter a calma e cuidar da saúde mental, como Vanessa Faria tem feito, pode ajudar no tratamento da Paralisia de Bell. A médica ressalta também que apesar de não ser uma doença grave, ao perceber a paralisia, a pessoa deve procurar um médico imediatamente e dar início ao tratamento.
(*Sob supervisão da repórter Larissa Ayumi Sato)