Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em março, a inadimplência se manteve estável em torno de 61,1 milhões de pessoas, mas, cerca de 67,3% das famílias estavam endividadas, conforme dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor). A Já a última pesquisa da Serasa sobre o tema, divulgada em outubro, mostrou que o desemprego era a principal causa do endividamento (40%), seguido pela desorganização financeira (14%) e compras do dia a dia (11%).
Para a educadora em finanças pessoais, Carol Stange, o endividamento das famílias por conta de compras de itens básicos do dia a dia é um alerta. "Quando a compra de mantimentos se torna a causa de endividamento, precisamos ficar atentos, visto que quando as pessoas estão sem dinheiro, a última coisa que elas deixam de pagar são as contas básicas”.
A especialista afirma que vivemos um momento difícil por conta da pandemia da COVID-19, e qualquer tipo de economia que for possível colocar em prática, pode ajudar muito no final do mês. Por isso, a seguir, ela contribui com dicas para evitar endividamento com a compra de alimentos.
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Anote todos os seus gastos – Você sabe exatamente qual o valor mensal de suas despesas com alimentos e demais itens da dispensa? Se respondeu não a essa pergunta, a sugestão é fazer um controle que inclua até mesmo os pequenos gastos, como a padaria.
Defina prioridades para as compras de alimentos - A compra mensal pode ser uma opção interessante para produtos de higiene, limpeza e cerais que têm prazos de validade mais longos. Para alimentos frescos, programe uma compra semanal e reflita sobre qual é o melhor dia para comprar. Crie o hábito de identificar os alimentos necessários para preparar as refeições da semana. Antes de ir ao supermercado, confira os itens que faltam na geladeira e na dispensa. |Use a calculadora do celular para ir somando cada item que você coloca dentro do carrinho para facilitar o controle dos gastos antes de chegar ao caixa.
Pesquise preços e aproveite promoções - Existem aplicativos na internet que facilitam a pesquisa e a comparação de preços em supermercados em todo o país. Essa dica vale para qualquer produto que você costuma comprar, inclusive medicamentos. O varejo costuma fazer promoções. Comprar 3 caixas de sabão em pó numa oferta "leve 3 e pague 2” gera uma economia de 33%. Já reparou que muitos produtos de limpeza têm uma versão em embalagem fácil de usar e outra em refil, em formato tipo sachê? A dica é guardar a embalagem vazia e, na hora de repor, comprar o refil, que custa menos.
Espaço para novas marcas - Experimente novas marcas, em especial, as marcas próprias das redes de supermercados. Você pode se surpreender com a qualidade similar e o preço inferior ao de produtos já consolidados.
Alimentos da estação - Frutas e hortaliças custam menos, são mais fresquinhos e nutritivos conforme a estação em que são colhidos. Aproveite cada temporada para diversificar o cardápio da família.
Programas de fidelidade e cartões de descontos - Muitas lojas têm cartão de crédito próprio e que oferecem descontos. Vale à pena, se os cartões forem isentos de cobrança de anuidade. Também oferecem pontos que são acumulados e depois podem ser trocados por crédito no caixa, prêmios ou descontos em produtos. É sempre uma chance de economizar, mas nem por isso vale a pena concentrar suas compras ali. Pesquise!
Fique de olho no caixa - Não é raro o preço do caixa ser diferente daquele mostrado na prateleira, principalmente quando o produto está em promoção. Então, acompanhe o registro de cada produto e fique atento ao valor mostrado no visor. Em caso de divergência, peça a correção