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Não desista dela!

Calor aumenta incômodo com máscara facial

Everton Lopes Batista - Folhapress
02 out 2020 às 09:02
- Pixabay
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As temperaturas altas que o país tem registrado e o ar mais seco em diversas regiões nos últimos dias devem permanecer até meados de outubro. A atual onda de calor traz um incômodo extra: as máscaras faciais, obrigatórias em espaços públicos e necessárias para barrar a transmissão da Covid-19, doença causada pelo vírus Sars-Cov-2.


Nos últimos meses as evidências científicas de que as máscaras oferecem proteção contra o novo coronavírus têm aumentado significativamente. Em artigo divulgado em julho na revista científica Emerging Infectious Diseases, publicada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), pesquisadores afirmam que as máscaras de tecido caseiras dão alguma proteção respiratória, ainda que com performance inferior à de máscaras profissionais, usadas em ambiente hospitalar.

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Em sua página de internet, o Ministério da Saúde recomenda uso de máscara em todos os ambientes como forma de barrar a saída de gotículas potencialmente contaminadas. O texto pede ainda que o uso da proteção facial seja estimulado.

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"Não é confortável usar a máscara, principalmente no calor. Mas não podemos abrir mão dela agora", afirma a infectologista Sumire Sakabe, do Hospital 9 de Julho. Segundo ela, a escolha do tecido é importante. Alguns tecidos, como algodão, podem ficar mais confortáveis no rosto do que outros, sintéticos, que aumentam a sensação de calor.

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A troca de máscara e a higienização da proteção devem ser mais frequentes, acrescenta João Prats, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. O suor e o contato com a água em banhos de piscina ou mar podem umedecer a máscara e assim reduzir a capacidade de filtrar as partículas através dos fios do tecido, explica o médico.


Em artigo publicado em 2013 sobre o potencial de proteção das máscaras de tecido no periódico científico International Journal of Infection Control, os pesquisadores relataram que as proteções molhadas apresentam capacidade de filtragem menor do que a de máscaras secas.

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"É preciso lembrar de levar várias máscaras para todos os lugares porque teremos de fazer mais trocas durante o dia", afirma Prats. A recomendação do infectologista é que seja reservado um compartimento só para as máscaras usadas, seja na bolsa, mochila ou no carro.
"Sempre que tocar esse local as mãos devem ser higienizadas."


O médico não recomenda o uso das máscaras do tipo N95 para os dias mais quentes. O equipamento voltado para uso de profissionais da área da saúde pode aumentar o desconforto e machucar o rosto quando usado por muito tempo.

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Especialistas recomendam que as máscaras sejam feitas com pelo menos duas ou três camadas de tecido fino. "As máscaras de tecido não têm padronização, mas não precisam ser tão grossas a ponto de dificultar a respiração", alerta Prats.


As mãos devem ser limpas antes e depois de tocar as máscaras. A higienização com álcool em gel deve ser feita com as mãos livres de partículas -como areia e terra- ou suor. Em outras condições, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão, explica o infectologista.

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Sakabe, do Hopital 9 de Julho, recomenda ainda intensificar a higiene do rosto, pois problemas como dermatite e acne podem ser agravados com o calor e o uso das máscaras.


Atividades ao ar livre e deixar as janelas mais abertas para permitir maior circulação do ar também aliviam o desconforto, diz a médica.

A medição de temperatura feita para dar acesso a lugares como shoppings e restaurantes não deve ser prejudicada pelo calor excessivo. Mas Prats recomenda fazer a medição sobre a pele seca, livre de suor, para que a aferição não seja distorcida.


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