Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Oligarquia na saúde

Como pequenos negócios podem competir com grandes empresas?

Redação Bonde com assessoria de imprensa
11 mai 2021 às 10:17
- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O setor de saúde privada no Brasil está se concentrando nas mãos de poucos. Grandes empresas capitalizadas por recentes operações no mercado de capitais estão comprando as organizações de menor porte e com potencial de crescimento. Recentemente, as duas maiores operadoras de planos de saúde do Brasil, Hapvida e GNDI (Grupo NotreDame Intermédica), firmaram um acordo de fusão. Juntas, formam uma carteira de 13,6 milhões de usuários e se tornaram uma das maiores operadoras de saúde verticalizadas do mundo.


O modelo verticalizado de gestão, que oferece assistência médica numa rede própria, contribui com a sustentabilidade e com o crescimento das empresas de saúde, tornando-as mais competitivas. Hapvida e Grupo NotreDame Intermédica, por exemplo, têm essa característica em comum e que foi determinante no processo de fusão. Ambas seguem esse sistema de autogestão no qual a própria empresa assume a administração dos serviços oferecidos e cria planos de saúde exclusivos que atendem diferentes perfis e as necessidades específicas de uma determinada população assistida.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O fenômeno de fusões e aquisições é uma tendência, de acordo com o professor da FDC (Fundação Dom Cabral), Guilherme Netto Lycarião. "É um movimento que aconteceu em todo o Brasil nos últimos dois anos. O mercado de saúde está sendo redistribuído por grandes operadoras, que trabalham no formato de gestão verticalizada. Para elas isso representa sustentabilidade”, afirma.

Leia mais:

Imagem de destaque
Sabia?

Vilipêndio de cadáver: legislação do Brasil criminaliza atos praticados contra mortos

Imagem de destaque
Desigualdade

IBGE: 10% mais ricos ganham 14,4 vezes a renda dos 40% mais pobres no Brasil

Imagem de destaque
De 14 anos

Filha de mulher presa em caso de idoso morto no banco precisa de cuidados especiais, diz advogada

Imagem de destaque
Entenda

Aval à fundação da Lava Jato entrará no foco do CNJ após divergências sobre Gabriela Hardt


E qual o impacto dessa nova realidade para as pequenas empresas do setor? "As novas competências dos gestores da saúde em um mundo de mudanças” é o tema de evento online promovido pela FDC, nesta quarta-feira (12), com o objetivo de orientar os executivos de negócios de pequeno porte do setor a responder essa pergunta. A palestra será aberta ao público, às 18h, no canal do Youtube da Fundação Dom Cabral.

Publicidade


Adaptação


"Percebemos que as organizações que seguiam modelos tradicionais, conservadores, tiveram que se adaptar. A saúde ganhou um dinamismo que até hoje não era visto. As leis de mercado não influenciavam muito neste setor. Alguns estudiosos chamam esse cenário de ‘era da oligarquia na saúde’, que está tirando as empresas do segmento de uma zona de conforto. Essa mudança requer novas competências dos gestores e dos colaboradores que estão na gestão”, diz Lycarião.

Publicidade


A pandemia da Covid-19 acelerou diversas transformações na sociedade, que já estavam em curso, como a transformação digital. Ela chegou com rapidez inclusive ao setor da saúde. Essa é uma das competências que os executivos precisam desenvolver, na opinião do professor da FDC. "A transformação digital é uma metodologia que desse ser usada. Isso vai requerer habilidades e atitudes novas, principalmente para gestores que eram analógicos”, avalia Guilherme Lycarião.


Na visão dele, nas empresas familiares, por exemplo, os comandantes terão que confiar nas próximas gerações e diminuir os conflitos na hora de implementar as mudanças. "A transformação digital precisa vir à tona. O mundo não vai parar e todas essas mudanças serão feitas sem transição. A cultura organizacional está sendo alterada numa curva exponencial e não mais escalonada”, reflete.

Publicidade


Novo mindset


Isso significa que a revisão dos processos, para atender novas necessidades e demandas, implica numa mudança de mentalidade de todos os atores da cadeia de saúde, chegando nos médicos, na opinião de Clodolado Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento. "Esse profissional é um tecnicista, que não foi preparado para planejar. E pela própria natureza da profissão, está enraizado nas antigas operações. É um desenho natural”, afirma.

Oliveira ressalta que a tecnologia dá um suporte para tornar todas essas mudanças mais ágeis. Nesse sentido, a transformação digital envolve soluções como prontuário eletrônico, telessaúde, inteligência artificial e adição de indicadores. "São os dados que permitem novos insights e a análise de indicadores é muito importante na tomada de decisões e na efetividade desenvolvida pelo profissional da saúde. A customização também está no pacote da transformação digital e o desenvolvimento de ações e produtos personalizados envolve até os fornecedores”.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade