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Efeito Covid

Cresce em quase 72% o desligamento por morte de trabalhador com carteira

Douglas Gavras - Folhapress
15 mai 2021 às 14:22
- Agência Brasil
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O número de desligamentos profissionais por morte no Brasil cresceu em 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil contratos, entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


Embora os dados não permitam identificar a causa dos óbitos, o aumento indica a dimensão do impacto da pandemia do novo coronavírus no país no mercado de trabalho formal.

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Na linha de frente da pandemia, as atividades ligadas à atenção de saúde viram um aumento ainda maior, de 75,9%, indo de 498 desligamentos para 876, segundo a pesquisa, feita a partir de dados de trabalho formal do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.

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Quando se olha para as ocupações, os desligamentos profissionais por motivo de morte do empregado triplicaram no período entre os médicos. Entre os enfermeiros, duplicaram.

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Em número de contratos encerrados por morte, a atividade de transporte rodoviário de cargas (exceto produtos perigosos e mudanças) foi a que registrou mais desligamentos. De janeiro de 2020 a março de 2021, foram 3.534, sobretudo de motoristas de caminhão, sendo que o mês de março corresponde a 14% deste total.


Além do trauma da perda de vidas, é preciso considerar o impacto na produtividade e na renda das famílias que o país tem tido por conta da pandemia. Esses são trabalhadores que acumularam um conhecimento que não é repassado do dia para a noite​, avalia Rosângela Vieira, economista do Dieese.

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"No setor de saúde, por exemplo, a experiência também se dá por acúmulo de pesquisa e informação. É um prejuízo para a sociedade", diz ela.
Na comparação entre os estados, a crise da falta de oxigênio que causou pânico em Manaus no início do ano pesou para colocar o Amazonas no topo do crescimento percentual de desligamentos (437,7%), indo de 114 no início de 2020, para 613 no mesmo período deste ano.


Em seguida, aparecem Roraima (177,8%) e Rondônia (168,6%). No estado paulista, o encerramento de vínculos de trabalho por morte cresceu 76,4%, de 4,5 mil para 7,9 mil.

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Quando consideradas todas as atividades econômicas, as que tiveram maior crescimento no número de desligamentos por morte são educação (106,7%), transporte, armazenagem e correio (95,2%), atividades administrativas e serviços complementares (78,7%) e saúde humana e serviços sociais (71,7%).


Efeito Covid


Aumento dos desligamentos por morte, no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, por setor

Atividades ligadas à atenção de saúde -> 75,9%
Profissionais de educação -> 106,7%
Eletricidade e gás -> 142,1%
Informação e comunicação -> 124,2%
Atividades financeiras e de seguros -> 114,6%
Fontes: Dieese, com Caged (Ministério da Economia)​


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