Nas últimas semanas um hábito curioso nos vestiários do Palmeiras chamou a atenção da internet: o uso do cubo mágico. O hobby, aparentemente apenas uma diversão entre os jogadores, pode trazer inúmeros benefícios para o cérebro dos esportistas não só em campo.
De acordo com o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela - cujo trabalho no staff do jogador Emerson Royal foi destaque no jornal “The Times” na Inglaterra - em entrevista ao LANCE!, o cubo mágico não é uma simples brincadeira, ele estimula a lógica, o foco, tomada de decisões e criatividade, habilidades cruciais para o futebol.
“O cubo mágico serve como exercício mental, exige uma neuroplasticidade que envolve a lógica [...] quanto mais desenvolvem-se elementos relacionados à inteligência, melhor a criatividade, foco atencional, tomada de decisão e o controle emocional para um melhor futebol”, explica o neurocientista.
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O cubo mágico virou febre na década de 1980 e logo ganhou fama por exigir um ótimo raciocínio mental para resolvê-lo, seu próprio criador, Erno Rubik, levou um mês para montá-lo pela primeira vez, no entanto, esse exercício mental é muito benéfico para o cérebro e as habilidades que ele desenvolve, são essenciais em campo.
“Ao falarmos de neurociência no ambiente esportivo, temos que falar sobre questões mentais relacionadas à psicologia. Ou seja, um trabalho psicológico com estratégias neurocientíficas”, conclui Fabiano Agrela.
O sucesso do cubo mágico no Palmeiras foi tão grande que o clube anunciou recentemente o lançamento de um cubo personalizado para estimular os torcedores a também aderirem ao passatempo.