A PF (Polícia Federal) deflagrou, na última semana, a operação Nhanduti 2, que tem por objetivo combater a exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Curitiba. Um homem de 36 anos foi preso após ser flagrado em posse de arquivos de exploração sexual infanto-juvenil.
As autoridades têm buscado reprimir esse tipo de crime, cujas denúncias aumentaram no Brasil. Dados da Safernet indicam que as novas denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil reportadas aos órgãos responsáveis cresceram 84% entre janeiro e setembro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 54.840 denúncias neste ano no país contra 29.809 em 2022.
A Safernet, que é uma organização não governamental, possui um convênio com o MPF (Ministério Público Federal) e encaminha apenas links nunca antes denunciados para averiguação.
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Para a professora Patricia Eliane da Rosa Sardeto, coordenadora do curso de Direito da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) de Londrina, as informações disponibilizadas recentemente mostram “uma realidade assustadora e preocupante”.
“Por um lado, a pesquisa TIC Kids Brasil aponta que as crianças estão acessando a internet cada vez mais cedo e por mais dispositivos. Se em 2015, primeiro ano da pesquisa, tínhamos 11% acessando a internet aos 6 anos de idade, hoje esse número já subiu para 24%. Some-se a isso a grande quantidade de pais e responsáveis que transformam as redes sociais em verdadeiros diários abertos de suas crianças e adolescentes, postando uma infinidade de fotos e vídeos, que podem acabar se tornando material disponível para uso indevido de pessoas mal-intencionadas”, diz Sardeto.
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