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Dia Mundial do Rato: neurocientista convida a enxergar o lado vilão e herói do roedor

Redação Bonde com assessoria de imprensa
04 abr 2021 às 17:46

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- Pixabay
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Apesar de conhecidos pelos malefícios que podem causar à saúde das pessoas, os ratos foram e ainda são importantes para a evolução da espécie humana.


Você sabia? No dia 4 de abril é celebrado o Dia Mundial do Rato. A data foi instituída em 2002 com o objetivo de romper preconceitos contra o roedor e fazer com que sejam reconhecidos também como animais de estimação.

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Membro da Federação Europeia de Neurociência, o PhD neurocientista e neuropsicólogo Fabiano Abreu, aproveita a data para propor uma reflexão acerca dos papéis sociais que essa figura representa na história humana. Para o estudioso, o rato pode ser visto tanto como vilão, quanto como herói da raça humana.

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Abreu convida a analisar, por exemplo, o papel do rato no contexto da peste bubônica. "Neste cenário histórico, que é amplamente conhecido por se tratar de uma epidemia que matou aproximadamente 25 milhões de pessoas na Europa, entre 1347 e 1351, o rato assume um lugar de vilão. Além disso, os ratos são portadores de mais de 35 doenças transmissíveis aos homens e aos animais domésticos, condição que sustenta ainda mais a má fama desses pequenos mamíferos entre os humanos ", pontuou.

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No entanto, ele explica que seria errado definir os roedores com esse rótulo sem antes reconhecermos que existe outro protagonismo importante exercido por estes animais na humanidade: o de cobaia das ciências.


"Grandes avanços na saúde pública foram propiciados à humanidade, graças à utilização destes animais na pesquisa científica. Um dos exemplos está na descoberta e no controle de qualidade de vacinas. Os testes em ratos também foram essenciais para a descoberta de anestésicos, de antibióticos, anti-inflamatórios, antidepressivos, quimioterápicos, e dos hormônios anticoncepcionais. Perceba que, neste contexto, os ratos passam a ser definidos como heróis”, comentou.

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O neurocientista esclarece ainda que um dos motivos do rato ser escolhido para as diversas experiências é pela sua fisiologia ser semelhante à fisiologia dos humanos. "É um grande equívoco e desconhecimento da realidade afirmar que os animais não são mais necessários para a descoberta de novas vacinas, medicamentos e terapias", afirmou.


O dualismo dos roedores

Para Abreu, o único consenso possível é aceitar que, além das semelhanças fisiológicas, os ratos se assemelham aos humanos no que diz respeito a sua existência dualística. "É engraçado pensar que, assim como nós, os ratos não podem ser definidos como vilões ou heróis, porque os papéis que estes roedores exercem no mundo, a partir da dinâmica humana, faz com que eles sejam ambos. A filosofia do dualismo abraça ratos e humanos", conclui em tom de comicidade.


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