Nesta quarta-feira (25), celebra-se o Dia Nacional do Orgulho Gay no Brasil. Muito além de um dia para pendurar bandeiras coloridas na janela, a data é marcada por muita luta no país em que um LGBT é agredido por hora, segundo dados do Sistema Único de Saúde. A data é de extrema importância para que todos possam ressignificar o que há muito tempo é ensinado às gerações mais velhas. Esta comunidade tem o direito de sentir satisfação e honra por quem são.
O movimento LGBT ascendeu no Brasil em meio a um dos períodos de maior repressão do Brasil, a ditadura militar, através de publicações como os jornais Lampião da Esquina e ChanacomChana. Entretanto, o Stonewall brasileiro aconteceu em 1983, quando um grupo de lésbicas foi expulso do Ferro’s Bar, em São Paulo, marcando o Dia do Orgulho Lésbico, hoje celebrado em 19 de agosto.
É preciso apontar também que a data marca dados trágicos do Brasil. Dados apresentados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) mostra que este é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo inteiro. Só em 2020, foram 175 travestis e mulheres transexuais assassinadas, apenas por serem quem são. Contemplando toda a sigla, a cada 20 horas uma pessoa é morta no Brasil, de acordo com o Grupo Gay da Bahia. Por causa da homofobia, as minorias sexuais têm seis vezes mais chances de tirar a própria vida no Brasil.
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A passos lentos e em meio a um sistema político conservador, o Brasil busca ações de proteção à comunidade. Desde 1969, essa parcela da população conquistou inúmeros direitos a partir de muita luta, como a criminalização da LGBTfobia, fim da criminalização da homossexualidade e das penas correlatas, fim do tratamento das identidades trans como patologias e dos tratamentos de "cura gay”, casamento civil igualitário, assim como a permissão para casais homoafetivos adotarem crianças, políticas públicas pelo fim da discriminação e maior representatividade da comunidade nos meios de comunicação.
Com dados do Observatoriog e MegaCurioso.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia