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Viver para arte

Jovem artista estadunidense conta que voltou a buscar uma carreira musical durante a pandemia

Victória Vischi - Estagiária*
19 fev 2021 às 16:49

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- Arquivo Pessoal Jess Kessie
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Jess Kessie, 22, vive em Los Angeles nos Estados Unidos. Ela sempre amou música e seu primeiro contato com performance musical foi através de teatros musicais. "Cantar em frente de uma audiência é o que me fez sentir certa, era como se isso fosse o que eu nasci para fazer”, apresenta. Quando cresceu, se apaixonou por música Indie e por "quão vulneráveis esses artistas podem ser em suas músicas”.


Apesar disso, Kessie não seguiu inicialmente a carreira musical. Ela continuou escrevendo poemas e atualmente é uma estudante de Comunicação. Foi só com a pandemia da COVID-19 que ela voltou a buscar uma carreira musical. Com as escolas fechadas e tendo sido demitida do seu emprego como atendente, ela conta que "estava pensando demais sobre o que eu estava fazendo com a minha vida e como eu poderia alcançar verdadeira felicidade e satisfação”.

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"Eu senti como se essa fosse minha chance de resetar a minha vida e voltar para o ‘normal’ com mais direção e controle sobre o que eu estava buscando”, compartilha. É dessa experiência que foi, para ela, catártica e curativa que nasceu seu primeiro single Lost In The Comet Gems.

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Ela compartilha que seu objetivo é dedicar sua vida a arte. Se não for como artista, ela planeja trabalhar com produção. "Perseguir a música é a única coisa que me inflama para uma dimensão inexplicável”, pontua. Além de criar música, Kessie é, também, dançarina, atriz e modelo freelancer, sendo apaixonada por artes num geral.


Em sua experiência, o mais difícil de trabalhar com música é ser perfeccionista "o que faz produzir ser um pouco entediante algumas vezes porque é difícil emanar exatamente o que eu estou ouvindo na minha cabeça através de uma DAW (estação de trabalho de áudio digital), especialmente quando as músicas que eu escrevo são extremamente pessoais”.

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Kessie se considera uma pessoa emocionalmente reservada, que expressa seus sentimentos escrevendo sobre eles. Por isso, ela compreende a música como um processo curativo e, além disso que "música é importante para mim porque é o único lugar onde eu me sinto genuinamente ouvida”.


Ela conta que por viver em Los Angeles encontra um grande cenário musical. "Antes do COVID, parecia que todo mundo que você conhecia estava conectado a alguma forma de entretenimento. Isso era incrível”. Ela considera que é por esse motivo que conseguiu fazer ótimos amigos, conexões e "cantar em alguns conteúdos de outros artistas”. Mesmo com a pandemia, ela conta que muitos de seus amigos artistas estão conseguindo lançar novos conteúdos.

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Atualmente Kessie está trabalhando em outro single que vai se chamar Parallel Lines e planeja lançar um EP ou um álbum antes do final desse ano. Esse álbum já tem nome e vai se chamar Dear Diary, a escolha do nome se deve a Jessie ter percebido que estava usando música da mesma forma como se usa um diário, assim, ela o considera "a autobiografia musical da minha jornada de cura”.


Ela compartilha que o álbum, assim como o single Lost In The Comet Gems, foram escritos "nesse estilo de olhar para partes de mim mesma que eu nunca intitulei ou fingi que não estavam lá”. Ela fez isso pelo sentimento de liberdade que encontrou ao lançar seu primeiro single "Eu senti como se eu finalmente enfrentei uma coisa que eu tinha segurado por tanto tempo – o sentimento de isolamento e a falta de permanência na vida das pessoas”.

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Sobre o novo álbum ela ainda comenta que está extremamente excitada para a evolução do projeto e para o que está por vir em 2021.


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*Sob supervisão de Fernanda Circhia


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