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Londrina: circulação de pedestres e a mobilidade sustentável

28 jan 2022 às 08:42

A caminhada é o modo mais democrático de se locomover, a condição natural de todos nós que somos, antes de tudo, pedestres. Como a cidade trata os seus pedestres reflete diretamente na qualidade de vida, na sensação de segurança e no futuro da mobilidade urbana que tem proposto uma inversão de rota, buscando oferecer novas ferramentas para que os cidadãos redescubram a importância de ocupar, com as próprias pernas, o espaço urbano.


O Calçadão é o maior símbolo da caminhabilidade em Londrina e não apenas pela importância na economia, é quase um bem cultural. A avenida Paraná, já na década de 1930, era o lugar do “footing”, termo pomposo em inglês para as caminhadas de paquera dos moços e moças na época. Vanguardista, como quase sempre, Londrina acompanhou a moda que varreu o Brasil na década de 1970 e foi a segunda cidade brasileira (a primeira foi Curitiba) a inaugurar um calçadão. Foi em 1977 nos 43 anos da cidade, com um projeto assinado por Jaime Lerner.


Transformar ruas em áreas exclusivas para a circulação de pessoas é apenas uma das ferramentas de planejamento e políticas urbanas. “O Calçadão é um desses instrumentos de vitalidade urbana, capaz de atrair pessoas heterogêneas e com diferentes tipos de atividades ao longo dos horários, Além de facilitar o acesso e valorizar o comércio e mercado imobiliário, é um ponto de encontro de pessoas, tem instalação de serviços de lazer, cultura e gastronomia", detalha  Elisangela Theodoro, arquiteta, urbanista e coordenadora da câmara técnica de arquitetura do Ceal (Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina).


Na opinião da arquiteta, a localização também favorece locomoção dentro de Londrina.  “O Calçadão redesenhou a geometria das vias existentes a favor da acessibilidade e segurança viária, fez com que fossem redescobertos potenciais atalhos para o caminhar com passagens e escadarias que são primordiais para garantir que usuários possam optar por diferentes maneiras de se locomover”, analisa.


Saiba mais na Folha de Londrina.

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