Exagerar na quantidade de comida e continuar comendo, mesmo sem fome, é um comportamento muitas vezes rotineiro e nada saudável, mas que não deve ser confundido com a compulsão alimentar. Quem sofre desse transtorno consome grandes quantidades de alimentos de forma impulsiva em intervalos curtos e depois se sente culpado por essa prática.
O médico Paulo Lessa aponta que é necessário procurar ajuda profissional para resolver o problema. "Procure um médico que entenda do assunto e que tenha uma equipe multidisciplinar para te ajudar da melhor forma possível", recomenda.
O profissional elencou cinco tipos de estratégias para lidar com a doença e fazer o tratamento adequado.
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Descubra qual é o seu gatilho
Será que existe alguma situação ou evento que acabe fazendo com que você coma mais? "Ansiedade e estresse são causas comuns para o desencadeamento de uma compulsão alimentar. Tratar desses problemas ajuda, e muito, a se livrar da alimentação desenfreada”, explica.
Invista em uma alimentação rica em fibras
"Alimentos ricos em fibras, como leguminosas, grãos, cereais, frutas e vegetais, promovem uma maior sensação de saciedade. Dessa maneira, a fome passará mais rápido e você terá mais tempo entre uma refeição e outra”, acrescenta o médico.
Não quebre o jejum com alimentos refinados
O jejum pode ser uma boa técnica para quem quer perder peso, mas ele deve ser quebrado com comida de verdade. "Nada de pão, bolo, macarrão e outros similares”, ressalta Lessa.
Coma sem pressa
A pressa é inimiga da perfeição e amiga da compulsão alimentar. "Quando estamos com fome e começamos a comer, nosso cérebro envia para o nosso corpo que estamos realizando essa ação e, então, começamos a sentir o efeito de saciedade. Porém, isso leva um tempo, então, quanto mais rápido você comer, mais alimentos você irá ingerir antes de se sentir satisfeito.”
Reduza o açúcar
O açúcar não causa problemas apenas no nosso corpo, como doenças ou ganho de peso, mas também modifica o nosso psicológico. "Alimentos ricos em açúcar liberam hormônios de relaxamento e bem-estar para o cérebro. Isso poderia ser bom, porém, a consequência é que acabamos ingerindo mais doces para prolongar esse prazer”, finaliza.