Em 2022, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional, ou seja, que não se caracteriza como um problema de saúde, mas, sim, ao contexto em que cada pessoa vive. No caso do Burnout, temos um quadro de estresse crônico, provocado por condições de trabalho exaustivas, provocando uma série de sintomas emocionais, como crises de ansiedade, insônia, fadiga, isolamento e depressão.
Nosso corpo está diretamente ligado à nossa mente, então é natural que, uma vez que um deles não esteja bem, o outro responda à altura. Por isso, os sintomas também podem ser físicos e não se limitam exclusivamente ao emocional. O estresse é responsável por liberar uma série de hormônios diferentes no organismo – entre eles, o cortisol, a adrenalina, a epinefrina e a norepinefrina –, todos dedicados a resolver conflitos e situações angustiantes a curto prazo, porém altamente prejudiciais quando presentes de forma excessiva.
Por isso, quando passamos longos períodos estressados, é comum sentir sintomas físicos como dor de cabeça, dor de estômago, exaustão, mudanças de hábitos alimentares (ausência ou excesso de fome), distúrbios do sono e outros. Quando interfere na qualidade do sono, o quadro pode se tornar ainda mais preocupante, já que é no ato de dormir que nosso corpo se revigora e o sistema imunológico é fortalecido. Dormir pouco ou passar noites em claro também implica em novos sintomas que podem agravar o quadro.
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De acordo com a OMS, a Síndrome de Burnout pode se manifestar de duas formas: com a já citada exaustão, negativismo e tristeza, ou com uma constante sensação de ineficácia e falta de realização. Como esses sintomas também interferem diretamente no desempenho da pessoa dentro do trabalho, passa a ser cada vez mais comum se relacionar com colegas de equipe ou cumprir prazos, o que consequentemente aumenta a frustração e intensifica os níveis de estresse. Essa situação acaba se tornando um ciclo vicioso.
Como tantos outros transtornos e problemas emocionais, o Burnout também precisa de atenção médica e tratamento adequado. Uma vez que for controlado, os demais sintomas também cessarão, já que todos estão relacionados à situação, e não a questões de saúde. Para quem se identificar com os sintomas apresentados, o mais recomendado é procurar a ajuda de um profissional especializado na área de psicologia ou psiquiatria, pois assim será possível definir qual a melhor abordagem para o tratamento.