Fenômeno registrado desde o início da pandemia da Covid-19, o crescimento do número de casos de violência contra a mulher não pode ser explicado apenas pelo maior tempo em que as mulheres e agressores passaram juntos em casa. De acordo com uma pesquisa que ouviu mais de duas mil pessoas em 130 cidades do País, a dependência financeira, aliada à perda do emprego e da renda, foram os fatores que mais contribuíram para a exposição destas mulheres à violência.
A correlação entre violência e dependência financeira se torna ainda mais recorrente no caso de mulheres que moram em periferias, conforme já apontavam coletivos e grupos que atuam na rede de proteção destas mulheres. Realizada a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a terceira edição da pesquisa "Visível e Invisível - A vitimização de mulheres no Brasil” ouviu 2.097 pessoas entre os dias 10 e 14 de maio.
Conforme apontou a diretora executiva do Fórum, Samira Bueno, o Brasil não foi o único país que registrou crescimento nos índices de violência. No entanto, pelo fato de não ter realizado um lockdown rígido, o que "pesou” mais foram mesmo os fatores de ordem financeira na comparação com o maior tempo de convivência.
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