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Piloto de avião oferece trabalho em troca de verba para ONG

Folhapress
12 nov 2020 às 11:59
- Reprodução/Pixabay
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Foi uma reportagem de TV de 2016 mostrando uma fila de pessoas em busca de uma vaga em um supermercado que sensibilizou o piloto curitibano de avião Sady Bordin, 57, sobre a situação do desemprego no Brasil.


Um dos entrevistados chorou em frente à câmera quando foi avisado de que ele teria que retornar no dia seguinte para tentar a vaga, já que não tinha nem dinheiro para pegar o ônibus de volta para casa.

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"Aquilo me tocou, pensei: 'que absurdo, o cara não tem dinheiro para a passagem de ônibus, a gente tem que fazer alguma coisa'", conta.

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Foi então que ele resolveu criar o Instituto Eu Consigo, uma ONG cuja missão é ajudar quem está sem emprego a conseguir voltar para o mercado de trabalho. Autor de quatro livros e professor na área de marketing pessoal, ele juntou o seu conhecimento com a vontade de voluntários em ajudar quem precisa.

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Desde 2017 a entidade passou por alguns momentos de crise, mas a pandemia foi, de longe, o pior deles. A ponto de, agora, Sady oferecer o seu trabalho como piloto em troca de verba para a ONG.


No ano passado, ele havia encerrado a carreira na aviação como comandante na Azul, mas propõe retomar o manche. O salário, segundo ele, irá para a instituição.

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"Eu tinha uma esperança, um pouco ingênua talvez, de que a ONG iria sobreviver apenas com doações, mas infelizmente isso não aconteceu. A ONG está funcionando, mas está estagnada e não vai sair do patamar de hoje sem dinheiro", afirma Bordin.


O educador físico Ramon Castro foi um dos atendidos pela entidade. Depois de algumas aventuras empresariais, ele estava trabalhando como barman, quando se sentiu perdido na carreira. Ele teve acesso gratuito a uma consultoria com um coaching que, após algumas conversas, indicou que Castro deveria retomar a formação em educação física.

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"Por meio desse trabalho, achei um norte de novo na minha carreira. Achava que tinha que ficar na linha que estava, com empresas, e isso estava me agoniando. Agora estou super feliz, me reencontrei", lembra o educador físico que hoje dá aulas de tênis em uma rede de hotéis.


O acesso a coachings voluntários, com até dez sessões de atendimento online, é um dos serviços disponibilizados pela Eu Consigo. Há ainda programas especiais para pessoas que buscam o primeiro emprego e para os que têm mais de 50 anos e estão procurando uma recolocação profissional.

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A entidade também oferece planejamento financeiro, análise de perfil profissional e de currículos. Hoje, são quase 500 pedidos por mês, de todas as partes do Brasil.


"Infelizmente, não conseguimos atender todo mundo que procura, sempre tem gente na fila de espera, é como se fosse um SUS dos desempregados", conta o idealizador do projeto.


Com a pandemia, Bordin percebeu que é grande a procura por profissionais de tecnologia de informação: a área é uma a ser explorada com o pretenso crescimento da ONG. "São milhares de vagas não preenchidas porque a pandemia explodiu esse tipo de demanda."

Além ver a entidade funcionando a pleno vapor, a retomada do trabalho como piloto também terá um gostinho especial para Bordin. "Estou muito triste ficando longe da aviação, não imaginava que tinha um peso tão grande na minha vida, só descobri isso depois."


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