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Sem participação do presidente

Rio de Janeiro inaugura memorial às vítimas do holocausto

Folhapress
14 dez 2020 às 10:30
- Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A cidade do Rio de Janeiro ganhou um memorial às vítimas do holocausto. A inauguração do espaço, construído no Morro do Pasmado, em Botafogo, com vista para a Baía de Guanabara, aconteceu no domingo (13).


O evento reuniu autoridades de governo e representantes da comunidade judaica. Nos discursos, foram lembrados os mais de 6 milhões de judeus que morreram sob o regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.

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O secretário especial de Comunicação Social do governo, Fábio Wajngarten, representou o presidente Jair Bolsonaro. Ele lembrou de seus antepassados judeus, que foram aprisionados pelos nazistas.

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"Não podemos esquecer as atrocidades do holocausto, neto que sou de sobreviventes do holocausto. A minha avó tinha número tatuado no braço. O que a minha avó contou, eu nunca vou esquecer. Com muita felicidade, participo do governo mais amigo do Estado de Israel”, declarou Wajngarten.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também compareceu à solenidade. Ele destacou que não se pode ficar indiferente à dor do próximo, citando o escritor Elie Wiesel, sobrevivente do holocausto e ganhador do Prêmio Nobel da Paz.


"O maior perigo da humanidade é a indiferença. Tudo isso ocorreu por força da indiferença. E não relembrar o holocausto significa matar essas pessoas novamente. Esta obra representa uma memória, para que nós não padeçamos desse vício da indiferença. E, pelo contrário, continuemos a manifestar a nossa indignação”, disse Fux.

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O governador do Rio, Cláudio Castro, defendeu a tolerância e o respeito entre todos, independentemente das crenças religiosas de cada um. "A sociedade está carente de mais amor. A gente vive, no mundo inteiro, essa questão da polarização. E ela traz o ódio. Isso já levou a sociedade a atos terríveis como o holocausto. Este espaço mostra que a gente tem que olhar para trás e aprender a caminhar novamente no sentido da tolerância e da paz, mesmo discordando”, disse Castro.


O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Avraham Shelley, disse que memoriais ao holocausto são necessários para que as novas gerações não esqueçam dos crimes que ocorreram no passado.

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"A importância desta obra é para que as pessoas no Brasil e no mundo não esqueçam a tragédia desse momento obscuro que aconteceu na Alemanha nazista, quando foram mortos 6 milhões de judeus. Quando o tempo passa, as pessoas esquecem. As crianças quase já não sabem nada disso. Mas este memorial vai lembrar uma coisa: holocausto nunca mais”, afirmou Shelley.


O projeto
O memorial é um projeto do arquiteto André Orioli. Em abril de 2018, foi assinado o termo de cessão de uso do terreno à Associação Cultural Memorial do Holocausto. Coube à associação a captação de recursos junto à iniciativa privada para a construção do empreendimento, sem ônus aos cofres públicos. A gestão do espaço também cabe à iniciativa privada.

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As obras de construção do Memorial começaram em fevereiro de 2019. Em julho de 2020, o entorno ganhou uma área externa com trilhas e bosques. O local, antes abandonado, ganhou vida, para se tornar importante ponto turístico, com área verde e mirante.


O idealizador do memorial foi o então vereador Gerson Bergher, já falecido, representado na inauguração por sua esposa, vereadora Teresa Bergher. O memorial possui um monumento de quase 20 metros de altura, dividido em dez partes, representando os Dez Mandamentos. Em sua base, foi escrita a frase: Não matarás. No total, a estrutura tem 1.624 metros quadrados, com um grande espaço no subsolo dedicada à memória do holocausto, com área para exposições.

O futuro museu oferecerá, a partir de 2021, programação educacional aos alunos das redes pública e privada. O espaço também receberá exposições nacionais e internacionais com temas que dizem respeito à defesa dos direitos humanos, à tolerância e ao humanismo. Ele funcionará em cooperação com outras grandes instituições do gênero, como os memoriais de Jerusalém, Washington e a Casa Anne Frank, em Amsterdã.


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