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Startup do MTST permite contratação de serviços de militantes via WhatsApp

Filipe Oliveira - Folhapress
10 jun 2021 às 10:45
- Pixabay
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O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) adotou estratégia semelhante à usada por startups e grandes empresas de tecnologia para criar a plataforma Contrate Quem Luta. A iniciativa tenta criar um canal para que militantes recebam propostas de trabalho em seus celulares.


As contratações são auxiliadas por um robô chamado Leon. A ferramenta atende a partir de um número no WhatsApp. Conversando com ele, o contratante recebe uma lista dos serviços disponíveis e, após informar sua necessidade e endereço, tem sua solicitação enviada ao militante mais próximo cadastrado na plataforma.

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É possível contratar serviços em áreas como limpeza, segurança, portaria, estética, reformas e motofrete. A negociação de preços e o pagamento acontecem diretamente entre contratante e prestador do serviço.

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A plataforma foi desenvolvida por uma equipe de sete voluntários do núcleo de tecnologia do MTST, diz Felipe Bonel, um dos responsáveis pela criação do Contrate. O nome do robô é homenagem ao militante Leon Cunha, um dos idealizadores da ideia que morreu por câncer neste ano, diz.

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Gabriel simeone, também participante do núcleo de tecnologia do MTST, diz que a plataforma tem 190 prestadores de serviço cadastrados e atende a pedidos na Grande São Paulo.


Segundo ele, caso haja necessidade, é possível expandir rapidamente o número de trabalhadores com acesso aos pedidos, aproveitando o cadastro do movimento. A plataforma, porém, vem sendo ampliada gradualmente para garantir que o número de pedidos e a quantidade de prestadores esteja em equilíbrio.

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Entre os diferenciais do Contrate Quem Luta em relação a outros aplicativos para busca de serviços, os criadores da plataforma destacam não haver cobrança de taxas dos trabalhadores nem descredenciamentos deles sem que haja uma conversa para justificar a decisão.


Outra diferença, diz Bonel, é que, por funcionar no WhatsApp, o Contrate Quem Luta não exige que o militante tenha memória disponível no celular para baixar um aplicativo nem consuma grande volume de seu plano de dados de internet.

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Além disso, há assembleias mensais para que os trabalhadores recebam treinamento sobre como atender a partir da plataforma, bem como orientações para que se previnam contra a Covid-19 e discutam os termos de uso do serviço.


Algumas das decisões tomadas nesses debates foram que o Contrate deveria enviar questionário aos consumidores sobre a qualidade do atendimento e não deveria mandar solicitações de serviço durante a madrugada -os prestadores de serviço tem 90 minutos para responder se estão disponíveis. "O produto vai melhorar por ser gerido coletivamente", diz Simeone.

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Para quem contrata, segundo o desenvolvedor, a plataforma traz a oportunidade de conhecer melhor o MTST. "Muita gente chama para consertar uma pia e acaba aproveitando para conversar sobre o tema da moradia, das ocupações", afirma.


Bonel diz que a equipe que criou o Contrate Quem Luta usa metodologias próprias do mercado de tecnologia, como a criação de MVPs (produtos mínimos viáveis, da sigla em inglês), que são versões de um serviço ainda com poucos recursos e que são constantemente atualizadas de acordo com a experiência adquirida junto aos clientes. A satisfação dos contratantes também é acompanhada, pois a imagem do movimento está em jogo, diz.


Entre os próximos passos em análise para expansão da iniciativa está a disponibilização de atendentes para auxiliar os usuários quando necessário. Também é discutida a ideia de lançar uma campanha de financiamento coletivo para bancar os custos do projeto, que não tem fins lucrativos.

"Queremos estar dentro de padrões de mercado, não oferecer a precariedade tecnológica que costumamos ver em movimentos de esquerda", diz Bonel.


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