Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Não caia em fake news!

Vacina magnetizada ou com microchips? Veja os fatos

Agência Brasil
05 jul 2021 às 10:36
- Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Diversos usuários de redes sociais estão compartilhando vídeos em que pessoas que foram imunizadas contra o novo coronavírus supostamente fixam moedas e outros pequenos objetos metálicos no braço. Segundo afirmam essas pessoas, o fato de conseguirem firmar objetos sobre o local onde é aplicada a vacina comprovaria a existência de um campo magnético contido no imunizante.


As teorias são muitas: desde microchips de identificação e nanorobôs de monitoramento a uma fantasiosa conexão com a rede 5G que permitirá o rastreio em tempo real de cidadãos. O bilionário e filantropista criador da Microsoft, Bill Gates, estaria por trás da suposta nova tecnologia, acreditam alguns internautas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Mas é possível que a vacina esteja relacionada a alguma dessas afirmações? Confira a explicação.

Leia mais:

Imagem de destaque
Tio Paulo

Homem levado morto a banco aparentava ter sofrido intoxicação, diz médico do Samu

Imagem de destaque
Conheça

Quem são os juízes da Lava Jato alvos de questionamento no CNJ

Imagem de destaque
Em 1º turno

Bruce Dickinson, que vem ao Brasil para turnê, se torna cidadão honorário de Curitiba

Imagem de destaque
Veja os números

Mega-Sena 2713 acumula e premiação vai a R$ 72 milhões na quinta-feira (18)


Desinformação

Publicidade


Conforme o imunologista Renato Kfouri, da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o que acontece na verdade é uma onda de desinformação que se propaga rapidamente nas redes sociais.


O médico frisa que não há qualquer componente magnético na composição das vacinas, e que não é fisicamente possível criar um campo magnético no corpo ao ser imunizado. "Todas as vacinas disponíveis no mundo, e as quatro disponíveis aqui no Brasil, têm em comum a alta segurança. São vacinas extremamente seguras, não relacionadas a efeitos colaterais graves. Todas têm uma excelente eficácia na prevenção das formas graves da covid-19”, pontua Kfouri.

Publicidade


O Ministério da Saúde esclareceu à Agência Brasil que é normal que algumas vacinas multidose - aquelas que vêm em frascos que são utilizados para mais de uma pessoa - usem timerosal - um conservante à base de mercúrio, que tem sido utilizado durante décadas para evitar a contaminação por bactérias e fungos. A quantidade, entretanto, é insignificante e não tem capacidade de gerar os efeitos mostrados nos vídeos.


Por que as vacinas geram sintomas?

Publicidade


Na verdade, os sintomas são causados pela resposta imunológica do corpo. Ao reconhecer o antígeno presente na vacina, o corpo automaticamente aciona as defesas naturais para lutar contra o inimigo presumido.


Isso quer dizer que as moléculas presentes na vacina acionam um alarme de perigo. O corpo não consegue diferenciar um vírus ativo das partículas imunizantes contidas na vacina, seja ela baseada na tecnologia de vírus inativado, proteína encapsulada ou de RNA mensageiro - as três principais tecnologias de fabricação de vacinas contra covid-19.

Publicidade


Ao perceber a presença do "invasor”, o corpo dá início a uma cascata complexa de reações. Várias moléculas de defesa são despejadas imediatamente no sistema imunológico. O metabolismo acelera, e o corpo corre para que os monócitos - as células que atuam como soldados para defender o organismo de vírus e bactérias - cheguem ao campo de batalha o mais rápido possível.


"Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos das reações temporárias”, informa o Ministério da Saúde.

Publicidade


A luta geralmente acontece na região onde o imunizante penetrou a corrente sanguínea, ou seja, no braço. A ardência, dor local e a sensação de temperatura aumentada indicam onde a resposta imunológica está sendo aplicada.


É comum que os sintomas pós-vacina sejam idênticos aos da doença, já que o propósito do imunizante é exatamente simular uma invasão bacteriana ou viral (no caso da covid-19) para "treinar” a resposta do corpo contra a doença. A resposta, portanto, condiz com os efeitos que seriam causados pelo vírus vivo, mas sem o risco da replicação descontrolada do agente invasor.

Publicidade


Algumas tecnologias de vacina, no entanto, geram reações mais fortes do que outras devido à quantidade de material viral contido nas doses.


Alimentos contra o novo coronavírus?


De acordo com o Ministério da Saúde, a gravidade da pandemia é proporcional à quantidade de fake news e desinformação. Outro boato recente combatido pelo ministério é o que trata sobre alimentos que teriam efeitos positivos sobre a doença, o que não é fundamentado por nenhuma pesquisa ou estudo até o momento.


"A população deve tomar ainda mais cuidado com as informações que recebe e compartilha no celular e nas redes sociais, principalmente aquelas que garantem uma solução milagrosa, sem evidência científica. Por isso, vale reforçar que qualquer tratamento deve ser indicado por profissional médico”, alerta a pasta.


O Ministério da Saúde também adverte para o fato de a vacina contra gripe não ter absolutamente nenhum efeito imunizante sobre a Covid-19 - desinformação também propagada em redes sociais.


Confira o vídeo:


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade