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'Para obter lucros'

Papa Francisco pede a gigantes da tecnologia que não explorem fragilidade humana

Anelise Gonçalves - Folhapress
18 out 2021 às 11:02
- Ansa
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PO papa Francisco pediu, nesta sexta-feira (16), para que as gigantes da tecnologia parem de explorar a fragilidade e vulnerabilidade humanas para obter lucro. O apelo se deu em uma série de postagens em seus perfis no Twitter, em diferentes idiomas, direcionadas a empresas.


"Parem de explorar a fragilidade humana, as vulnerabilidades das pessoas, para obter lucros", escreveu, sobre as companhias do setor.

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Ele também pediu que os grandes laboratórios querem patentes para que todos tenham acesso à vacina -sem se referir exatamente ao coronavírus- e que empresas de alimentos "deixem de impor estruturas de monopólio de produção e distribuição que inflacionam os preços".

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O papa também apelou aos setores das telecomunicações para que, no contexto da quarentena, liberem conteúdos educacionais para que crianças pobres possam receber educação.

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"Aos grupos financeiros e aos organismos internacionais de crédito, que permitam aos países pobres garantir as necessidades de seu povo e perdoar aquelas dívidas que muitas vezes contraíram contra os interesses daqueles mesmos povos", escreveu.


Francisco disse que é preciso dar aos modelos socioeconômicos um "rosto humano" e pediu aos meios de comunicação que acabem com a desinformação, difamação e calúnia. E completou, afirmando que essas essas empresas não devem incentivar a atração "doentia" pelo escândalo.

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As postagens foram muito repercutidas por internautas –só o tweet sobre as gigantes da tecnologia recebeu mais de 23 mil curtidas. Nos comentários, diversos textos em apoio ao posicionamento de Francisco e críticas ao estilo de vida no Vaticano.


Leia a íntegra do discurso do papa Francisco:

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"Devemos dar aos nossos modelos socioeconômicos um rosto humano, porque muitos modelos o perderam. Pensando nestas situações, quero pedir em nome de Deus:


Aos grandes laboratórios, que quebrem as patentes. Realizem um gesto de humanidade e permitam que todo ser humano tenha acesso à vacina.

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Aos grupos financeiros e aos organismos internacionais de crédito, que permitam aos países pobres garantir as necessidades de seu povo e perdoar aquelas dívidas que muitas vezes contraíram contra os interesses daqueles mesmos povos.


Às grandes empresas de mineração, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agroalimentares, que deixem de destruir a natureza, de poluir, de intoxicar os povos e os alimentos.

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Às grandes empresas de alimentos, que deixem de impor estruturas de monopólio de produção e distribuição que inflacionam os preços e acabam por impedir o pão ao faminto.


Aos fabricantes e traficantes de armas, que cessem totalmente suas atividades que fomentam a violência e a guerra, muitas vezes no tabuleiro de jogos geopolíticos, cujo custo são milhões de vidas e deslocamentos.

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Aos gigantes da tecnologia, que parem de explorar a fragilidade humana, as vulnerabilidades das pessoas, para obter lucros.


Aos gigantes das telecomunicações, que liberem o acesso a conteúdos educacionais e o intercâmbio com os professores através da internet, para que as crianças pobres possam receber uma educação em contextos de quarentena.


Aos meios de comunicação, que acabem com a lógica da pós-verdade, com a desinformação, a difamação, a calúnia e com aquela atração doentia pelo escândalo e o túrbido; que busquem contribuir à fraternidade humana.


Aos países poderosos, que parem com as agressões, os bloqueios e as sanções unilaterais contra qualquer país em qualquer parte da terra. Os conflitos devem ser resolvidos em instâncias multilaterais, como as Nações Unidas.


Aos governos e a todos os políticos, que trabalhem pelo bem comum. Não ouçam somente as elites econômicas e estejam a serviço dos povos que pedem terra, casa, trabalho e uma vida digna em harmonia com toda a humanidade e com a criação.


A todos nós, líderes religiosos, que jamais usemos o nome de Deus para fomentar guerras. Estejamos ao lado dos povos, dos trabalhadores, dos humildes e lutemos juntos para que o desenvolvimento humano integral seja uma realidade. Construamos pontes de amor."

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