Comportamento

Um em cada cinco paranaenses convivem com algum tipo de deficiência

03 dez 2021 às 09:00

Um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 17,3 milhões de pessoas no país tem algum tipo de deficiência. Quase metade dessa parcela (49,4%) é de idosos. No Paraná, uma em cada cinco pessoas apresenta algum tipo de deficiência. Segundo informações do IBGE, 2,2 milhões de paranaenses possuem algum tipo de deficiência, isso representa 21,4% da população do estado.


Para evidenciar os direitos desta população a ONU (Organização das Nações Unidas), instituiu no ano de 1992 a data de 3 de dezembro como “Dia Internacional das Pessoas com Deficiência”.


Essa população vive superando obstáculos e um deles é na educação. Dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), apontam que apenas 0,56% do total de alunos matriculados em cursos de graduação superior são portadores de deficiência. 


Um desses casos de superação é da aluna de biomedicina da Unopar, Gabriela Versiane Barduco, de 35 anos que é deficiente auditiva. Sonia Barduco, mãe da aluna conta que o problema de sua filha surgiu após ela ter sido contaminada durante a gestação com a rubéola. Na década de 1980 o Brasil enfrentou um surto da doença e ela acabou se infectando. 


“Durante a gestação realizei diversos exames que não constatavam nenhum problema, porém aos dois anos levamos ela ao médico e foi constatado que ela tinha perda severa da audição de um lado e severa de outro. A partir do resultado nós a levamos para a escola do Rotary em Ibiporã onde ela estudou por 12 anos e aprendeu na classe especial a fazer a leitura labial. Após esse período ela começou a frequentar o Iles (Instituto Londrinense de Educação de Surdos) onde aprendeu a Língua Brasileira de Sinais”, conta a mãe.


Gabriela é mãe da pequena Raphaella de 8 anos. Sônia conta que hoje a filha ensina a neta a se comunicar por libras. A filha e a mãe têm uma conexão superespecial como mostra o vídeo de comemoração do “Dia das Mães”.


Para as suas aulas na Unopar, Gabriela conta com o suporte de uma intérprete que traduz para a Língua Brasileira de Sinais o conteúdo explicado pelo professor em sala de aula. 


“A Gabriela é muito ágil e dedicada na faculdade, seu sonho é concluir a graduação e seguir carreira na área estética que ela sempre gostou muito”, finaliza.

Continue lendo