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Área de risco

Empresas de comércio virtual evitam 'CEPs do inferno'

Agência Estado
28 ago 2017 às 09:30
- Pixabay
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O comércio eletrônico, que já sofre com a crise financeira do Rio, está perdendo negócios no Estado também por causa do aumento do roubo de cargas. Lojas online passaram a restringir entregas em áreas de risco. "É o CEP do inferno", diz o diretor de Segurança do Sindicato das Empresas de Carga e Logística do Rio de Janeiro, coronel Venancio Alves de Moura.

Ao fazer a compra pela internet, é de praxe o consumidor informar o CEP (Código de Endereçamento Postal) antes de fechar o pedido. O que tem acontecido, principalmente no Rio, é que algumas lojas, ao detectarem que o CEP fica em local de risco, avisam que não entregam o produto naquele endereço. Moura diz que essa prática começou há dois anos e vem aumentando. "O custo é muito alto: a cada seis caminhões que entram nessas áreas de risco, um é roubado", diz o coronel.

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A reportagem simulou, na semana passada, a compra de um iPhone 7 Plus, de R$ 3.799, no site Americanas.com, com endereço de entrega na Rocinha (RJ). A compra foi recusada. "Desculpe, essa loja não faz entrega de produto para esse CEP", dizia a mensagem do site. Para outra simulação de compra do mesmo produto com endereço de entrega em Irajá (RJ), a empresa informou que a mercadoria seria entregue na agência dos Correios mais próxima.

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A Americanas.com, informou, por meio de nota, que "opera em parceria com os Correios e que este entrega os produtos em suas agências em determinadas áreas do Rio de Janeiro. A informação sobre essa restrição é disponibilizada para o cliente antes da conclusão do pedido".

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Segundo os Correios, existem áreas de restrição de entregas de encomendas no Rio de Janeiro. Essas áreas são estabelecidas com base em levantamentos feitos pelo setor de segurança dos Correios. A classificação é realizada a partir do mapa de risco fornecido pelos órgãos de segurança pública e pela incidência de assaltos a veículos de carga da empresa. Nos casos onde há áreas de restrição, os Correios enviam a encomenda para uma unidade operacional mais próxima do endereço do destinatário. Os Correios têm percebido um aumento das lojas de comércio eletrônico que indicam suas agências no Rio para a retirada dos produtos vendidos online.


Impacto


O desempenho do comércio eletrônico do primeiro semestre deste ano no Estado do Rio de Janeiro dá indicações de como a crise enfrentada pelo Estado, que inclui o aumento da violência e dos roubos de cargas, afetou as vendas.

Entre janeiro e junho, o faturamento do comércio online no Estado caiu 1%. O Rio foi o único Estado da região Sudeste que teve retração. No mesmo período, as vendas do comércio eletrônico cresceram 8% em São Paulo, 6% em Minas Gerais e avançaram 10% no Espírito Santo. Em todo o País o comércio online cresceu 7,5% na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados são da consultoria Ebit. "Acho que o roubo de carga é um fator que acaba suprimindo venda", diz Pedro Guasti, presidente da consultoria, ponderando que o pano de fundo é a crise econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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