Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Endividamento cada vez maior

Dívidas são 41% do salário do brasileiro

Agência Estado
10 nov 2011 às 11:17
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A dívida dos brasileiros cresceu muito nos últimos anos, mas o tema não preocupa o Banco Central. Isso porque o aumento da renda dos trabalhadores, financiamentos mais longos e juros um pouco menores fazem com que o pagamento mensal desses empréstimos continue praticamente estável, próximo de 20% do salário.

Levando às últimas consequências a máxima da "parcela que cabe no bolso", as pessoas físicas estão devendo mais, mas continuam pagando parcelas parecidas nos últimos cinco anos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Dados apresentados ontem pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, mostram que os brasileiros têm, na média, uma dívida total que equivale a 41,3% do salário. Esse valor cresce ininterruptamente desde 2006, quando o total dos empréstimos correspondia a menos de 25% da renda. Ou seja, o endividamento médio dos clientes dos bancos quase dobrou em cinco anos.

Leia mais:

Imagem de destaque
Fase de aprovação

Prefeitura quer beneficiar contribuintes em dia no IPTU com descontos progressivos

Imagem de destaque
Preços a partir de R$ 5

Associação de Voluntários do HU promove bazar beneficente

Imagem de destaque
Neste final de semana

Shopping de Londrina fará liquidação fora de época com descontos de até 70%

Imagem de destaque
Aproveite!

Bazar em Cambé venderá roupas a partir de R$ 2


Apesar disso, brasileiros seguem destinando cerca de um quinto da renda ao pagamento mensal dessas dívidas. O último dado disponível mostra que famílias usam todo mês 21,1% do salário para pagar financiamentos. Essa fatia destinada a carnês e boletos está praticamente estável desde 2006, período em que o comprometimento gira em torno de 20%.

Publicidade


"Percebe-se que o endividamento das famílias cresce, mas o comprometimento da renda tem se mantido", disse o diretor do BC em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sobre o endividamento dos consumidores.


Aos poucos senadores presentes, Araújo disse que o Banco Central não vê o tema com preocupação. O diretor do BC explicou que a dívida total cresceu, mas as parcelas seguem parecidas proporcionalmente porque o prazo dos financiamentos cresceu e os juros têm caído. Além disso, o aumento de renda também explica os pagamentos mensais parecidos.

Publicidade


Renovação


Teoricamente, a dívida dos brasileiros poderia ser quitada rapidamente, em dois meses - já que o endividamento médio é de 41% do salário e mensalmente paga-se metade desse montante. Isso, porém, não ocorre porque muitos clientes tomam um novo empréstimo assim que a dívida antiga é quitada.

Publicidade


Durante a audiência, o número do Banco Central foi questionado pelo economista José Marcio Camargo. Convidado como um dos debatedores na audiência, o professor da PUC do Rio disse que o tema preocupa e apresentou números diferentes: para ele, o pagamento mensal das dívidas consome 43,3% do salário dos brasileiros - mais que o dobro do apontado pelo Banco Central.


Segundo ele, a fatia destinada ao pagamento das dívidas é maior porque inclui compras parceladas sem juros no cartão de crédito e algumas operações no cheque especial, transações que não são incluídas no conceito usado pelo Banco Central. Apesar da preocupação, Camargo avalia que o Brasil está longe de uma situação de crise de crédito, como nos Estados Unidos e na Europa.

Publicidade


Pleno emprego


Em tempos de crise e desemprego recorde nos países desenvolvidos, Carlos Hamilton Araújo disse que a recente evolução do mercado de trabalho nacional aponta para uma situação que se aproxima do pleno emprego. "O Brasil vive um momento certamente muito próximo do que os economistas acham que é o pleno emprego", disse o diretor do BC.


Outro ponto destacado é que os salários aumentaram. Para o diretor do Banco Central, os indicadores de massa salarial apresentam "aumento substancial" nos últimos anos.

"O mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda repercutem na confiança dos consumidores, que ficam mais propensos a tomar crédito", afirmou, ao explicar uma das principais razões do aumento do endividamento das famílias nos últimos anos.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade