Os pais de alunos de escolas particulares tiveram de preparar o bolso para arcar com o reajuste nos preços das matrículas aplicado pelos estabelecimentos de ensino.
A maioria deles já iniciou o processo de matrícula para o ano letivo de 2023 e os valores dos boletos estão com alta entre 10% e 12%. O índice está bem acima da inflação estimada para 2022, de 5,92%, segundo o último Boletim Focus, do Banco Central.
A explicação, além da correção de possíveis defasagens decorrentes da pandemia de Covid-19, é o receio dos proprietários das instituições de ensino em relação à política econômica do país, fonte de muitas preocupações e de uma boa dose de pessimismo.
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“Estamos reajustando agora a anuidade para o ano que vem e o valor fixado valerá até dezembro de 2023. É uma previsão a longo prazo e que considera um prognóstico não muito otimista no atual momento. A gente fica preocupado em pensar em um índice que não seja adequado a esse momento tumultuado que estamos vivendo”, disse o diretor do Sinepe (Sindicato das Escolas Particulares) de Londrina, Alderi Ferrarezi. Para o ano letivo de 2022, os reajustes ficaram entre 8% e 10%.
No momento, a inflação está controlada em razão da queda de preços de alguns produtos, como os combustíveis, mas Ferrarezi explicou que os donos de escolas trabalham com a expectativa de alta do índice inflacionário no decorrer do ano que vem.
O reajuste feito agora, portanto, estaria mais ligado a uma precaução do que a correção de uma defasagem, embora a edição mais recente do Boletim Focus projete inflação de 5,08% para 2023.