A posse presidencial no Brasil, nesta terça-feira (1º), gerou repercussão não somente pela expectativa em torno do novo presidente Jair Bolsonaro, mas também pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi assunto nas redes sociais em razão de seu discurso inédito feito em Libras (Língua Brasileira de Sinais), lido simultaneamente por um intérprete.
Michelle aprendeu a linguagem para se comunicar melhor com um tio surdo, que é intérprete de Libras em uma igreja evangélica que frequentava. "Eu gostaria de modo muito especial de dirigir-me à comunidade surda, pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos. Vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados. Tenho esse chamado no meu coração e desejo contribuir na promoção do ser humano", disse a primeira-dama.
A Libras consiste em um conjunto de formas gestuais utilizada por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes. Ela tem origem na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro. Cada país tem a sua própria estrutura de linguagem, que pode variar também de região conforme a cultura local e das expressões e regionalismos da linguagem comum.
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Para determinar o seu significado, os sinais possuem alguns parâmetros para a sua formação, como a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação que se faz ou não na hora de produzir o sinal.
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais foi estabelecida como a língua oficial das pessoas surdas através da Lei nº 10.436/2002. A função do intérprete de Libras foi regulamentada em 2010.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a deficiência auditiva atinge cerca de 9,7 milhões de brasileiros, o que representa 5,1% da população do país. A inclusão dessas pessoas é restrita se o país não está apto a lidar com a acessibilidade. Ainda que para muitos seja uma língua complexa, é através das libras que o indivíduo faz a interação social. É através da língua que ele se comunica e se reconhece.
