Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Avanço pode aumentar produção

Estudos da UEL avaliam resistência de pragas da soja a defensivos agrícolas

Redação Bonde com Agência UEL
29 jul 2021 às 16:31
- Projeto/CCB
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Duas pesquisas de doutorandas do Programa de Pós-graduação de Genética e Biologia Molecular, do Departamento de Biologia Geral, do CCB (Centro de Ciências Biológicas) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) avaliam formas de driblar a alta resistência de pragas da lavoura de soja a defensivos agrícolas, biológicos e químicos. A lagarta da soja e o percevejo marrom são incômodos persistentes dos produtores, embora, em 2021, as exportações devam contabilizar 135 milhões de toneladas do grão, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).


A produção de soja no Brasil vem atingindo sucessivos recordes em vários estados – com o controle das pragas e o auxílio da ciência, podem avançar ainda mais. Segundo a coordenadora do projeto "Sequenciamento e Análise do Genoma de Duas Espécies de Insetos-Pragas da Soja: Euschistus heros e Anticarsia gemmatalis”, Renata da Rosa, do Departamento de Biologia Geral, o controle do percevejo marrom e da lagarta são essenciais para melhorar a produtividade e, também, as formas de interação entre produtor e meio ambiente. "Ao encontrar formas de conter a resistência aos defensivos, também pretendemos ajudar a mudar as práticas de controle”, afirma a pesquisadora.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Renata orienta os trabalhos de Larissa Forim Pezenti, que estuda a resistência da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) a um agrodefensivo biológico feito com base no BT (Bacillus thuringiensis), e de Jaqueline Dionísio, que analisa a resistência do percevejo marrom (Euschistus heros) ao inseticida químico organofosfarato. "Ambas as pesquisas estudam insetos que estão em estágio descontrolado de reprodução. São problemas sérios nas lavouras”, avaliou Renata.

Leia mais:

Imagem de destaque
Veja como ajudar

Família de 'jovem gênio' de Londrina faz campanha para participação em olimpíada de matemática em Nova Iorque

Imagem de destaque
Participação gratuita

Evento da UEL reúne grandes nomes femininos do jornalismo nesta quarta

Imagem de destaque
Enfrentamento ao racismo

Escolas com mais alunos negros têm piores estruturas, aponta estudo

Imagem de destaque
Parentes

Bonobos, os 'macacos hippies', podem ser menos mansos do que se pensava


A pesquisa é feita em parceria com a Embrapa Soja, com o pesquisador Daniel Ricardo Sosa Gomez, e o professor Rogério Fernandes de Souza, coordenador do Laboratório de Bioinformática e professor do Departamento de Biologia Geral.

Publicidade


Mecanismos de resistência - Segundo Jaqueline, a resistência do percevejo marrom ao inseticida ocorre por motivos variados, desde a aplicação contínua do defensivo a problemas de ordem ambiental. Ao não observar resultado com a pulverização, o produtor aplica mais e mais em uma mesma região, o que seleciona os percevejos resistentes por seleção genética.


"O modo de ação é o mesmo e os insetos tendem a ficar concentrados, sem se dispersar. Isso cria mecanismos de resistência, os quais estamos avaliando”, comenta. Entre os mecanismos de resistência, que são provocados por alterações genéticas dos percevejos, estão o de identificação do odor do inseticida, o da alteração da cutícula (que retarda a entrada do inseticida no organismo) e, por fim, o de um conjunto de genes que retarda o metabolismo do inseto e dificulta a absorção.

Publicidade


Em todos os casos, a pesquisa passa por encontrar um controle biológico não-agressivo ao meio ambiente, ou reduzir a aplicação dos defensivos químicos. "São produtos ofensivos à saúde e ao meio ambiente, se usados demais. Tudo isso ocorre, também, pois muitos produtores não respeitam os 10% de refúgio para não cultivo de soja transgênica”, avalia a pesquisadora.


Já o controle da lagarta da soja – que pode desfolhar todas as regiões da planta, das folhas à raiz – é feito pelo BT. A pesquisa confronta o desempenho de plantas expostas ao bacilo e não expostas para avaliar prováveis mudanças genéticas. "Encontramos, nos genes dos insetos analisados que tiveram contato com o inseticida, receptores de toxinas, mas o comportamento delas é bem complexo. O nosso grande achado da pesquisa foi esse, por enquanto”, avalia a pós-graduanda.

Pesquisas na área desde 2015 - O grupo de pesquisa coordenado por Renata está ativo desde 2015 e acumula trabalhos na área. Larissa e Jaqueline, por exemplo, já concluíram o mestrado como pesquisadoras do grupo e prosseguem na pesquisa. Compõem o grupo cerca de 10 pesquisadores, da pós-graduação à graduação, com bolsistas de IC (Iniciação Científica) Júnior, mestrado e doutorado, além de professores.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade