O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, divulgou os 40 projetos selecionados na chamada pública 11/2020, do PPSUS (Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde) - edição 2020/2021. O valor investido é de aproximadamente R$ 5 milhões.
O objetivo é apoiar atividades de pesquisa, que promovam a melhoria da qualidade da atenção à saúde no Paraná com contribuição para o desenvolvimento da ciência tecnologia e inovação no Sistema Único de Saúde.
O diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, explicou que o edital seguirá o conceito do Napi (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação) - Atenção Primária de Saúde. Segundo ele, este Napi nasceu da necessidade de a atenção primária (prestada nos municípios) ser a ordenadora e coordenadora do cuidado ao cidadão. "Com esta iniciativa, é possível realizar pesquisas que tornem o sistema de saúde do Paraná mais inteligente, eficiente e econômico”, ressaltou Spinosa.
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O programa é uma parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Secretaria de Estado da Saúde.
"Foram meses de uma construção árdua, mas sólida de um programa que se constitui como um dos mais robustos de fomento à pesquisa na área da saúde no Brasil”, disse a coordenadora do PPSUS do Paraná e responsável pela Comissão da Saúde da Fundação Araucária, Priscila Tsupal. "O Programa de Pesquisa SUS está cada vez mais consolidado no Estado, considerando a relação afinada da Fundação Araucária, a Superintendência de Ciência Tecnologia e Ensino Superior e a Secretaria da Saúde, com as ações voltadas para a área de fomento à pesquisa e inovação em saúde”.
Novas linhas – Nesta edição, o edital teve novas linhas de pesquisa dentro dos cinco eixos temáticos, seguindo a orientação do Governo do Estado, que é a de promover ações de enfrentamento e prevenção ao coronavírus.
Essas novas linhas são: estudos sobre o impacto da Covid-19 na atenção materno-infantil; condições crônicas não transmissíveis; desenvolvimento de tecnologias para enfrentamento da Covid-19; avaliação da rede de atenção à saúde sob o contexto da emergência em saúde pública desencadeada pela Covid-19; e avaliação econômica das ações para enfrentamento do coronavírus.
Pesquisadores – Os eixos temáticos e linhas de pesquisa da chamada pública foram definidas por pesquisadores das áreas da saúde, biológicas e de tecnologia da informação, técnicos e gestores da saúde do Estado, controle social local e órgãos de controladoria, na Oficina de Prioridades 2019/2020.
Confira alguns dos projetos aprovados:
Efeitos de um modelo multiprofissional de intervenção em parâmetros biopsicossociais de pessoas com obesidade pós-Covid-19 - Por meio dos hospitais Municipal de Maringá e Metropolitano, os pacientes com obesidade que recebem alta da Covid-19 em diferentes sintomas (leve, moderado, grave e severo) passarão por um processo de reabilitação global (aspectos físicos, nutricionais e psicossociais), por meio de uma equipe multiprofissional, composta por profissionais de educação física, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, biomédicos e fonoaudiólogos.
O objetivo é reduzir eventuais sequelas causadas pela Covid-19 e capacitar profissionais de saúde no manejo pós-hospitalar.
"O fomento é substancial para condução de pesquisas de impacto nacional e, sobretudo, internacional. Nesse sentido, o PPSUS apresenta-se como um dos principais programas para o desenvolvimento de pesquisas no Paraná e nos demais estados”, afirmou o coordenador do projeto, pesquisador do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação, Braulio Henrique Magnani Branco.
Integração de ferramentas de detecção precoce e monitoramento de arbovírus, controle e análise de resistência a inseticidas sintéticos em culicideos vetores de área urbana - Neste trabalho está reunido um conjunto de pesquisadores e profissionais da secretaria estadual da Saúde. A 17ª Regional de Saúde, a Universidade Federal do Paraná e a Universidade Estadual de Londrina são responsáveis pela estruturação do projeto, que tem como meta a prevenção de agravo à saúde determinada por arbovírus (Dengue, Zika e Chikungunya).
"Com este projeto buscamos o fortalecimento e união entre pesquisadores e gestores da saúde no Estado, com objetivo de colocar a ciência como catalisador de medidas de prevenção de agravos a saúde”, informou o coordenador do projeto e professor, Mario Antonio Navarro da Silva.
Para conhecer os projetos clique aqui.