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Laboratório da UEL busca potencializar a criação de novos medicamentos

22 jul 2021 às 15:32

O Lasmmed (Laboratório de Síntese de Moléculas Medicinais) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) surgiu para estudar aspectos relacionados a doenças causadas por agentes infecciosos ou parasitas, como a tuberculose, a dengue e a própria Covid-19. A iniciativa começou com o objetivo de unir as habilidades de três professores a partir da prática de sintetizar novas moléculas, que têm atividades em doenças negligenciadas e emergentes. A equipe do Lasmmed busca criar substâncias que poderão se tornar fármacos – responsáveis pela ação de medicamentos no organismo.


O Lasmmed é coordenado por professores do Departamento de Química, do CCE (Centro de Ciências Exatas). A professora Carla Cristina Perez tem experiência na área de Síntese Orgânica e os professores Marcelle de Lima Ferreira Bispo e Alexandre Orsato na área de Química Medicinal. Atualmente, o laboratório conta com 20 estudantes da graduação e pós-graduação (Mestrado e Doutorado). Eles são dos cursos de Química, Farmácia e Biomedicina.


Linhas de Pesquisas - O professor Alexandre Orsato atua principalmente no desenho e síntese de novas moléculas, com o objetivo de desenvolver fármacos para o tratamento de doenças virais, entre elas a dengue. A professora Carla Cristina Perez trabalha na síntese de compostos biologicamente ativos e no desenvolvimento de metodologias em química orgânica.


Já a professora Marcelle de Lima Ferreira Bispo faz pesquisas na área de química medicinal, com ênfase em planejamento, síntese e avaliação biológica de novas substâncias, que tenham potencial de atividades antimicrobianas, além das bactérias resistentes, antiparasitárias ou antitumorais.


Projetos – Outra doença emergente investigada pelos pesquisadores é a Covid-19 – Sars-CoV-2, causadora da pandemia do novo Coronavírus. Atualmente, em comum, os três professores atuam em um projeto, aprovado em edital da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) sobre a Covid-19, tendo como parceiros o CCS (Centro de Ciências da Saúde) e o CCB (Centro de Ciências Biológicas).


O projeto busca, a partir de uma triagem computacional, encontrar possíveis substâncias, dentro de uma quimioteca de compostos previamente sintetizados pelo grupo, que tenham atividades contra o novo Coronavírus. A partir dessa identificação prévia, segundo a equipe de professores, serão avaliadas e identificadas substâncias em potencial, para posterior avaliação biológica no CCB e CCS.


Nesse estudo, sobre a Covid-19, a professora Marcelle de Lima Ferreira Bispo atua no sentido de selecionar quais moléculas são mais eficazes para agir em parte específica do vírus (alvo molecular), ou seja, enzima importante para o vírus se manter ativo. Assim, o projeto visa encontrar dentro de uma coleção de moléculas, qual delas teria a maior chance de se ligar a esses alvos moleculares, evitando a testagem em todas as moléculas diretamente nas células.


Outros projetos em andamento são o do professor Alexandre Orsato, que envolve estudantes da graduação, mestrado e doutorado, no qual trabalha com modificações químicas de carboidratos. A partir dele, surgiu a parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com foco em pesquisas para o desenvolvimento de um adesivo inibidor de doenças virais.


A professora Carla Cristina Perez desenvolve o estudo sobre a síntese de moléculas contra a malária, a partir da união de duas estruturas presentes em duas moléculas que têm atividade inibidora, visando melhorar as suas atividades. Além disso, atua na síntese de compostos que possam inibir a NADPH-oxidase, cujo funcionamento anômalo pode ser responsável por diversas doenças, como cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer.


Colaboradores - O laboratório conta com colaborações externas. Entre elas, com a Universidade de Milão da Itália, Universidade de Lyon da França, UFPR (Universidade Federal do Paraná), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFF (Universidade Federal Fluminense), Unesp/Araraquara (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Unesp/Bauru. Conta ainda com colaboração de pesquisadores da UEL, que são dos Departamentos de Microbiologia, Patologia, Protozoologia, entre outros.

Mais informações pelo site Lasmmed ou pleo e-mail lasmmed@uel.br.


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