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Dia da Consciência Negra

No Paraná, apenas 9 em cada 100 estudantes de medicina são negros

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
20 nov 2019 às 08:14
- iStock
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A proporção dos autodeclarados negros no ensino superior aumenta a cada ano, mas, em alguns cursos, a participação ainda é limitada. No estado do Paraná, o curso de medicina tem a menor proporção de negros no ensino superior presencial, com apenas 9,1% dos alunos.

O dado foi apurado pelo Quero Bolsa, principal plataforma de inclusão no ensino superior com bolsas de estudo, ao analisar as informações da edição 2018 do Censo da Educação do Ensino Superior do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

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A taxa de inclusão de negros é inferior à média geral de cursos no estado, 17,2%, e da média nacional de medicina, que é de 24,64%.

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"O curso de medicina demanda um alto investimento para estudar nas universidades privadas. As mensalidades superam facilmente R$ 8 mil. Mesmo bolsistas têm dificuldade para se manter exclusivamente estudando durante seis anos ou mais, tempo de formação de um médico. Nas universidades públicas, apesar de não haver a mensalidade, o custo para se manter é o mesmo e a concorrência é ainda mais elevada para conquistar a vaga”, explica Lucas Gomes, diretor de ensino superior da plataforma Quero Bolsa. "Como, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pretos e pardos têm, em média, renda 75% menor do que brancos, as políticas de inclusão têm efeito limitado”.

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Serviço social é o curso com maior proporção de negros no ensino superior fluminense, com 28,4%. A média nacional para o curso é de 50%.


Presença do negro no ensino superior no PR aumentou na última década - Entre 2010 e 2018, a presença do negro passou de 17 mil para 93 mil estudantes em instituições de ensino superior no estado, com alta de 461%. Eles representavam 3,1% dos alunos, no início da década e agora são 17,2% (pretos representam 2,9% do total enquanto pardos são 14,2%). No país, os negros são 35,8% dos universitários.

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O salto ocorrido entre 2013 e 2016 deve-se à implantação da lei de cotas, realizada de forma progressiva no período. Em 2013, a proporção de negros era de 5,4 % e chegou a 13% em 2016.


Entretanto, a taxa ainda é bem menor do que a proporção de negros na sociedade que, de acordo com dados do IBGE, é de 28,5% no estado do Paraná (25,4% de pardos e 3,1% de pretos).

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Os cinco cursos presenciais com menor inclusão de negros no Paraná - Além de medicina, completam a lista dos cinco cursos com menor inclusão de negros no ensino superior odontologia (10,31%), arquitetura e urbanismo (10,95%), medicina veterinária (11,43%) e design gráfico (12,51%).


Os cinco cursos presenciais com maior inclusão de negros no Paraná - Na contramão, a lista dos cinco cursos mais inclusivos é composta por serviço social (28,41%), formação de professor de educação física (25,74%), formação de professor em geografia (25,34%), gestão de pessoas (24,96%) e gestão de negócios (24,56%)


Os cinco cursos a distância com menor inclusão de negros no Paraná - Falando em cursos a distância, a lista dos cinco cursos menos inclusivos é composta por gestão pública (13,25%), formação de professor em artes visuais (13,33%), gestão da tecnologia da informação (14,17%), teologia (14,91%) e marketing (15,24%).

Os cinco cursos a distância com maior inclusão de negros no Paraná - Na contramão, a lista dos cursos a distância mais inclusivos é composta por educação física (22,37%), formação de professor em biologia (21,43%), formação de professor em educação física (21,14%), administração pública (20,39%) e logística (19,11%).


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