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Transporte universitário

Vans passam em bloqueios, mas falta de combustíveis ameaça serviços

Luís Fernando Wiltemburg
Grupo Folha
24 mai 2018 às 16:01

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- Saulo Ohara/Grupo Folha
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A paralisação dos caminhoneiros começa a afetar a vida de moradores de outras cidades que trazem para Londrina estudantes secundaristas, universitários e trabalhadores. Apesar de não haver bloqueio para a passagens destes veículos, a falta de combustíveis preocupa os empresários do ramo. Nesta quinta-feira (24), a UEL (Universidade Estadual de Londrina) decidiu manter as atividades até o sábado (26) e discute na sexta (26) as atividades da próxima semana.

É o caso de Marco Antônio Januário, que atua no ramo há 24 anos. Com uma frota de 20 vans, micro-ônibus e ônibus, Januário afirma que não conseguiu trazer estudantes para Londrina na terça-feira (22), mas atribui o bloqueio a outros motoristas de vans. "Fecharam o pedágio entre Arapongas e Rolândia no fim da tarde e só liberaram por volta das 19h30, mas aí as aulas já tinham começado. Nos outros dias, não houve problema", afirma o empresário, que diz ter combustível suficiente para a próxima semana. "Até o domingo, consigo trazer os trabalhadores. Na segunda-feira em diante, não vai dar", afirma.

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Marcos Aurélio Leite diz que nunca teve problemas para passar pelos manifestantes nas rodovias. "Eu passo direto todos os dias, assim como os ônibus de passageiros que não trazem cargas", explica o empresário, que traz estudantes para a UEL (Universidade Estadual de londrina), Unifil e três colégios particulares.

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Leite afirma que tem trazido os alunos e aproveitado para abastecer a cada cem quilômetros rodados, evitando, assim, que pare por desabastecimento. "Eu estou rodando na prevenção, mas isso só e possível porque esta paralisação foi muito bem organizada. Não impediram a passagem de ninguém, só de cargas. Nunca vi um movimento tão organizado", diz.


"Quando nos param no bloqueio, os caminhoneiros perguntam sobre o transporte. Quando dizemos que é de trabalhadores, eles liberam prontamente. Mas há casos quando transportamos alunos ficamos parados por algum tempo, porém, logo depois, eles liberam", afirmou o motorista de van José Roberto, de 63 anos, que trabalha no transporte de passageiros de Arapongas para Londrina. "Apoiamos a causa dos caminhoneiros pois o combustível está caro demais. E, em todas as vezes que fui parado, houve muito respeito."

(Colaborou André Bueno)


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