A UEL (Universidade Estadual de Londrina) inaugurou, nesta terça-feira (24), um laboratório para tratamento de resíduos químicos produzidos pela própria instituição nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
A expectativa é que o Larq-UEL (Laboratório de Resíduos Químicos da UEL) possa reduzir o custo estimado de R$ 100 mil por ano que a universidade paga a empresas terceirizadas para destinação e manejo dos materiais produzidos.
O novo laboratório é vinculado ao Departamento de Química e, a princípio, vai receber resíduos do CCE (Centro de Ciências Exatas), que produz cerca de duas toneladas e meia desses materiais ao ano. Contudo, o objetivo a médio prazo é expandir a coleta aos demais centros de ensino da UEL e à comunidade externa.
No âmbito acadêmico, resíduos químicos resultam das atividades e reações químicas feitas nos laboratórios e salas de aula. Mario Killner, professor e coordenador do Larq-UEL, explica que o manejo feito pela instituição vai reduzir, no mínimo, em 90% o volume desses materiais. “Nas aulas de ensino, geram-se metais pesados. Fazendo a precipitação desses metais, a gente transforma um quilo em uma grama. Vai reduzir de forma significativa o custo que a UEL emprega para destinação final desse resíduo”.
O impacto financeiro, contudo, não é maior que o impacto ambiental que a iniciativa representa para a Universidade. O vice-diretor do CCE, Silvano Cesar da Costa, frisa que, embora as empresas terceirizadas contratadas tenham responsabilidade com o tratamento dos resíduos, a UEL não consegue acompanhar de perto o manejo desses materiais, cenário que muda com o novo laboratório.
“O maior ganho não é o valor econômico, mas é o valor ambiental. A gente vai tratar [os resíduos] de tal forma que o que sobrar vai ser reaproveitado. É 100% de reutilização. Esse é o maior ganho.”, reforçou Costa.
O novo laboratório foi viabilizado com um investimento de R$ 50 mil, parte via edital do ProInfra (Programa de Apoio à Infraestrutura) do governo do Estado, e parte com recursos próprios. A reitora da Universidade, Marta Favaro, frisou que a conquista é a materialização do trabalho de diferentes frentes de trabalho da UEL e conecta a instituição à sociedade de maneira muito positiva.
“É um esforço coletivo para um bem maior ambiental, de formação e de expressão da universidade na sociedade. Isso coloca a universidade em evidência e é isso que a gente tem buscado. Que as pessoas nos reconheçam pelo bom trabalho”, finalizou Favaro.
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