Regina Duarte não é mais a Secretaria Especial da Cultura do governo Jair Bolsonaro (sem partido). A saída, anunciada pelo presidente na manhã desta quarta (20), já está reverberando entre a classe artística.
Para a cantora Zélia Duncan, Regina Duarte manchou sua reputação com a participação no governo. "Perto da desgraça que a gente está vivendo -de 1.170 óbitos num dia só- praticamente não significa nada. Ela não fez nenhuma diferença, a não ser nos agredir, tentar nos ofender e jogar contra a classe artística, de acordo com o governo do qual ela participa."
Duncan ainda diz que "a maior prova da falta de amor dela pela nossa profissão seja a facilidade com que ela jogou na lama sua biografia".
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Nasi, vocalista da banda de rock Ira!, cita Sérgio Camargo, o presidente da Fundação Palmares, que no último 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, publicou textos em que Zumbi dos Palmares é descrito como um mito fabricado por grupos de esquerda para se encaixar "na mitologia da luta de classes do negro contra o branco opressor".
"No dia recolocado da Consciência Negra mais um capítulo do nosso 'white trash' tupiniquim", diz o músico, também citando o ator Mario Frias, cotado para assumir a pasta no lugar de Regina Duarte. "E o pior... Vamos entrar numa 'Frias' maior ainda."
Ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero afirmou em vídeo que Regina "não faixa qualquer tipo de legado". "Pelo contrário, ela deixa um rastro de violência, de agressão, uma total disfuncionalidade e falta de planejamento -o que seria especialmente importante nesse momento de pandemia."
No Twitter, Antonio Tabet, ator do Porta dos Fundos, disse que a atuação à frente da Cultura foi "o pior papel da vida de Regina Duarte". "E olha que de pior papel ela entende".