Após o fim das negociações com um grupo de investidores, a "The Weinstein Company", produtora de Harvey Weinstein, acusado de diversos casos de abuso sexual na indústria cinematográfica, anunciou nesta segunda-feira (26), por meio de um comunicado, que irá declarar falência.
A negociação da produtora com o grupo de investimentos, liderado por Maria Contreras-Sweet, estava bem encaminhado, no entanto, uma ação judicial da Procuradodia de Nova York contra Weinstein e sua empresa frearam as negociações.
"Apesar de reconhecermos que este é um resultado extremamente infeliz para nossos funcionários, nossos credores e qualquer vítima, a direção não tem outro remédio que buscar a única opção viável para maximizar o valor restante da empresa: um processo de falência", informou a companhia.
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A ação contra os irmãos Weinstein e a produtora foi pela empresa não ter protegido seus funcionários de casos de violência sexual. Além disso, havia um temor por parte da Justiça de que a venda da empresa poderia deixar as vítimas sem indenização.
Em 2017, foram realizadas uma série de denúncias de abusos sexuais contra atores e diretores de Hollywood. Só contra Weinstein, mais de 70 mulheres, como Angelina Jolie e Uma Thurman, acusaram o produtor norte-americano de comportamente sexual inadequado.
A "The Weinstein Company" foi criada em 2005, e é umas das produtoras mais famosas do cinema norte-americano. A empresa foi responsável por filmes como "O Discurso do Rei" e "Dama de Ferro".