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'Destruindo nosso país'

Billie Eilish faz em live com espaço 3D e discurso anti-Trump

Laura Lewer - Folhapress
26 out 2020 às 15:33
- Instagram/@billieeilish
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Um espaço 3D e interativo recebeu os fãs que chegaram mais cedo para a live da cantora pop Billie Eilish, neste sábado (24) -uma das mais interessantes da quarentena e a primeira desde que a pandemia da Covid-19 interrompeu sua turnê Where Do We Go?, que passaria pelo Brasil em maio deste ano.


Com a ajuda do mouse, os visitantes passeavam por uma lojinha com discos e peças de roupa à disposição de quem quisesse desembolsar alguns dólares além dos US$30 (cerca de R$ 168), pagos para assistir ao show. Seguindo em frente, vídeos e desenhos de fãs apareciam expostos como numa galeria de arte e, em outro ambiente, clipes e músicas da carreira da americana podiam ser explorados.

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Na quarta sala, dedicada às eleições dos Estados Unidos, um vídeo da cantora pedia para que os americanos votassem contra o atual presidente até o dia 3 de novembro. "Donald Trump está destruindo o nosso país e tudo o que importa para nós", ela dizia, endossada por artistas como Lizzo e Alicia Keys.

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Em certo momento, o pai de Billie apareceu explicando os recursos da live: usando os botões ao redor da tela, os fãs poderiam interagir no chat, criar salas privadas para assistirem a apresentação com amigos e alterar o idioma da experiência. Depois de algumas propagandas, um quiz sobre a vida de Billie e um teaser do documentário que ela lançará em 2021, o show começou.

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Acompanhada apenas por seu irmão, Finneas, e pelo baterista Andrew Marshall, a cantora apareceu num palco banhado por uma luz vermelha enquanto a batida sinistra de "Bury a Friend" começava. O primeiro vestígio da experiência "virtual, multi-dimensional, interativa e imersiva" anunciada dias antes não demorou a chegar: em certo momento, a luz passou a mudar freneticamente para preto e branco e a sombra de uma criatura se revelou atrás da cantora.


A partir daí, cada música teve sua interpretação mirabolante pensada pela artista de 18 anos para a live: em "You Should See me in a Crown", uma aranha gigante passeava pelo palco avançando sobre os músicos. "Ilomilo" começou com Billie sentada tranquilamente em uma pedra no fundo do mar, cercada por peixes e algas, e terminou com ela sendo devorada por um enorme tubarão. No fim do show, em "Bad Guy", um carro corria desgovernado pelo cenário.

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Mas nem só de esquisitice vive Billie Eilish. A voz doce e clima mais intimista apareceram em "Ocean Eyes" -a primeira música lançada por ela, aos 14 anos-, com o cenário reduzido e ondas projetadas ao fundo. Em "I Love You", ela e Finneas apareceram sentados na frente de uma lua gigante e cercados por estrelas. Para cantar a triste "When the Party's Over", bastou um banquinho e um holofote.


Twitter Para compensar a ausência do público, dezenas de fãs apareceram virtualmente para acompanhar Billie em "Everything I Wanted" e a cantora recebia aplausos da equipe por trás das câmeras nos intervalos das músicas. "A única vantagem de não estarmos em um show é vocês não estarem desmaiando na grade", brincou.

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Em "All the Good Girls Go to Hell", imagens de fumaça saindo de chaminés de fábricas, lixo espalhado no mar, calotas polares derretendo, animais encalhados e florestas pegando fogo cercaram a cantora enquanto ela cantava frases como "colinas queimam na Califórnia" e "quando as águas começarem a subir e o céu sumir de vista". No fim, a mensagem "sem música em um planeta sem vida" apareceu fixa na tela enquanto Billie convocou novamente os fãs: "Por favor, votem, o Trump é o pior de todos", disse.


Quase no fim da uma hora de apresentação, a cantora falou sobre a saudade dos shows. "Na quarentena eu percebi que o palco é o único lugar onde sinto que eu sou eu mesma", disse. "Se nós votarmos contra o homem laranja talvez possamos nos ver de novo." Mesmo sem conseguir substituir a energia de um show ao vivo, a apresentação de Billie Eilish foi um sopro de criatividade após meses de lives mornas e com pouca produção.

Em vez de um algo adaptado para o mundo digital, a cantora usou seus recursos para criar um formato novo e próprio, que ainda ficou no ar por 24 horas após o seu fim e tem potencial para existir no mundo pós-pandêmico para quem prefere assistir a shows no conforto de casa. A julgar pelo desempenho no fim de semana, vale conferir de perto o que ela irá entregar quando finalmente puder pisar nos palcos de novo.


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