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13º Festival de Teatro é um conjunto de eventos

Ana Clara Garmendia
05 mar 2004 às 09:19

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Mais de 600 peças encenadas de 1991 até agora. Gente de todas as partes do Brasil. Ti-ti-ti. Esse é o clima que se alastra pelos palcos importantes e pelos cantos onde se faz teatro em Curitiba. É o Festival de Teatro de Curitiba (FTC) que chega a sua 13ª edição.

O evento se inicia em 18 de março, quinta-feira, porém a abertura foi festejada oficialmente um dia antes, em uma festa de lançamento somente para convidados com a apresentação da peça ‘Sonhos de Einstein’, da Cia. Intrépida Trupe. O grupo carioca há anos faz as peças de apresentação do evento. A ‘festinha fechada’ aconteceu na Ópera de Arame.

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Apresentado atualmente como um ‘conjunto de eventos’, o FTC se desdobra e se multiplica. São três mostras: a de Teatro Contemporâneo (ou Mostra Oficial), onde estão os principais grupos e as principais peças do festival; a de Teatro Infantil, que traz convidados do Brasil inteiro para mostrar o que fazem em termos de montagens importantes em diferentes partes do País; o Fringe, cujo nome vem da similaridade com um evento escocês, que acontece em Edimburgo e ainda os chamados Eventos Especiais, que são desfiles, oficinas, exposições e outras manifestações artísticas que aproveitam o fervo do FTC para mostrar-se ao Brasil.

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Ao longo desses anos um público estimado em 700 mil pessoas já assistiu o FTC. Nesta edição, a diversidade das peças ainda não foi absorvida pelo público, apesar do apelo da forte campanha publicitária veiculada na mídia. ‘Já estou com o programa na mão, mas ainda não decidi quais peças vou ver. O bom é que e a gente pode escolher e comprar tudo junto’, disse Emerson Graciliano, estudante de Belas Artes e fã ferrenho do FTC. Graciliano se refere aos ‘pacotes’ que possibilitam a compra coletiva de ingressos para as montagens do festival.

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De toda a salada que vem por aí o que dá para adiantar já na abertura é que dois grupos populares, dedicados ao teatro de rua, e às performances circenses chegam para ‘alegrar’ e ‘sacudir as idéias’ do público.


O grupo a Intrépida Trupe é conhecido por misturar circo, dança e teatro. A peça de logo mais ‘Sonhos de Einstein’ é uma exaltação à Física. Em fragmentos, o grupo vai desfiando a teia do livro homônimo do americano Alan Lightman (Companhia das Letras 1993).

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A história fala de um Einstein no início do século XX vivendo na Suíça e a montagem é toda em cima de movimentos. O palco vai estar colocado em uma posição diferente do normal e alguns dos espectadores poderão ver os atores em movimento bem de perto. Eles serão sentados em balanços para que ‘vivenciem’ as idéias gravitacionais do grupo que já está há 17 anos na rua.


Outra experiente turma teatral participa dos primeiros dias de FTC. São os gaúchos do Ói Nois Aqui Traveiz. Há 26 anos fazendo um teatro voltado para o contato com o público, o grupo é especialista em trabalhar os espaços de cada espetáculo que vão fazer. Em Porto Alegre possuem um teatro chamado ‘terreira’. Lá, dispõe as peças de acordo com sua trama. Dessa forma a platéia sempre fica ‘onde’ eles acham que deveriam ficar.

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A peça apresentada pelo Ói Nóis aqui Traveis é ‘Aos que Virão Depois de Nós- Kassandra in Process’. A Guerra de Tróia será contada na visão feminina de Kassandra. A releitura mais forte que serviu de base para a interpretação do grupo é a da alemã Christa Wolf.


A peça será encenada em Curitiba bem ao estilo do Oi Nóis. Eles ocuparão um barracão para mostrar sua versão da violenta e lendária batalha que arrasou a cidade grega por causa da ira do rei de Esparta contra um herdeiro troiano que raptou sua mulher.

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Bem depois de contar um pouco de duas das peças que abrem o FTC ainda existem muitas outras. Para o Fringe a interpretação de ‘Entre Quatro Paredes’, de Jean-Paul Sartre, pode ser uma boa opção para penetrar no ambiente do festival.


A história é encenada pela Companhia Improvável e conta a história de três desconhecidos que se encontram, após a morte, no inferno. No local, apenas três poltronas e nenhuma possibilidade de descanso: não é possível dormir, não é possível apagar as luzes e os sonhos estão fadados ao desengano.

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Condenados a conviver por toda a eternidade, não tardam a perceber sua função no local: cada um será o carrasco para os demais. Submetidos ao olhar implacável do outro, seus crimes começam a vir à tona, enquanto a imagem que cada um forjou para si começa a ruir. Ao mesmo tempo, vêem-se esquecidos pelos vivos, como em uma segunda morte.


A peça sai de uma bem-sucedida temporada no Rio de Janeiro com sessões lotadas na Sala Paraíso do Teatro Carlos Gomes, e entra em cartaz nos dias 25, 26 e 27, no Teatro Cleon Jacques. ‘Entre Quatro Paredes’ já ganhou prêmios em festivais nacionais (prêmios de melhor direção e melhor ator no I Festival Estácio de Teatro, além de sete prêmios no XIII Festival da Unicentro) e também é apresentada em um espaço distinto: uma arena quadrada, onde o público forma as paredes do inferno.


Outra peça que quer a participação direta do público é El Segundo Sexo, título dado a uma encenação nascida a partir da leitura do ‘O Segundo Sexo’ de Simone de Beauvoir. A obra foi escrita na década de 40 e tece um tratado sobre o feminismo, muito antes dele explodir como um movimento mundial.

A atriz cearense Helena Vieira destrincha o tema como uma mulher de 30 anos que resolve invadir um palco e falar sobre as questões de sua geração; os seios, o machismo e o casamento. Ela irá contracenar com a platéia pedindo a opinião sobre esses temas.


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