Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

A noite de gala da dança

Elisa Marilia Carneiro - Folha do Paraná
20 jul 2001 às 08:26

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A forma brasileira inusitada de miscigenar culturas abriu anteontem o 19º Festival de Dança de Joinville, com coreografias de um israelense e de um iraniano interpretados pelo Balé Cidade de São Paulo, e fechou com a estrelíssima bailarina clássica Cecília Kerche e o jovem Marcelo Gomes, num magnífico pas-de-deux.

"Dualidade@br", do iraniano Gagik Ismailian, emocionou o público com os fados portugueses cantados por Amália Rodrigues. A coreografia usou o que a melodia tem de mais sensual para criar movimentos de amor violento, quase tribal, ao mesmo tempo que pétalas vermelhas caiam sobre os bailarinos. Com figurino minimalista e sem cenário, os bailarinos puderam colocar toda sua expressão em solos, duos e trios.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em seguida, o Balé Cidade de São Paulo fez o jogo das cadeiras numa coreografia divertida, inspirada num ensaio do filósofo Spinoza, com música de Bach. "Axioma 7", do israelense Ohad Naharin, faz referência aos relacionamentos humanos, ao amor, à fragilidade e às sensações espontâneas, com figurino vermelho sugerindo paixão, sangue e desejo.

Leia mais:

Imagem de destaque
Será que cola?

CCXP tem cenário da novela 'Vale Tudo' para o público fingir que é Odete Roitman

Imagem de destaque
Saiba mais

The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025

Imagem de destaque
Cultura pop

CCXP 2024 traz Matt Smith, Ana de Armas e Patrick Dempsey a SP

Imagem de destaque
Participação custa R$ 10

Biblioteca Pública Municipal de Londrina terá encontros de meditação a partir desta quarta


A estrela de primeira grandeza Cecília Kerche dançou com uma discreta faixa no joelho recém operado. Ela escolheu o bailarino brasileiro Marcelo Gomes, atualmente solista no American Ballet Theater, de Nova York, para dançarem o "Cisne Negro" - terceiro ato de "O Lago do Cisne".

Publicidade


A jovialidade, leveza e perfeição dos movimentos dos partners, foram levados ao palco com a segurança de quem sabe o que faz. A coreografia foi um misto das mais belas versões já realizadas para o "Cisne Negro". Esta foi a 11ª vez que Cecília participa do Festival de Dança de Joinville. Ela respondeu a algumas perguntas por e-mail, exclusivas para a Folha.


Folha: O que é a dança para você?

Publicidade


Cecília: É a forma de expressão mais completa do ser humano.


F: De que forma você acompanha a evolução da dança?

Publicidade


C: Vivo a dança. Inclusive meu nome hoje é griffe de artigos femininos e masculinos para dança, e já atravessou fronteiras.


F: Como essa evolução interfere no seu trabalho?

Publicidade


C: Recria-me a cada vez que piso no palco.


F: Porque escolheu Marcelo Gomes para o pas-de-deux?

Publicidade


C: Devido às suas características de danseur noble.


F: Em que escolas estudou e com que professores?

Publicidade


C: Só estudei em São Paulo, com Vera Mayer, Halina Biernacka e Pedro Krasczczuk, que além de meu coach é meu marido e foi quem desenvolveu as minhas sapatilhas.


F: Desde que idade estuda balé?


C: Desde os oito anos.


F: O que mais a fascina na dança?


C: A magia que ela exerce sobre as pessoas.


F: O que é mais difícil?


C: A falta de companhias para absorver tantos que se formam depois de muitos anos de estudo.


F: Quantas horas de treinamento por dia?


C: No mínimo seis horas.


F: O que tem visto no mundo, em termos de dança?


C: De tudo, inclusive dança-teatro.


F: O Brasil acompanha o ritmo mundial?


C: Sim, e se destaca com grandes méritos.


F: Quem se destaca?


C: Débora Colker, que recentemente ganhou em Londres o Oscar da dança.


F: Ainda é necessário estudar fora?


C: Hoje em dia não é mais preciso, pois até exportamos nossos bailarinos, que enriquecem as companhias estrangeiras.


F: O que ainda nos falta?


C: Nos faltam companhias, bons salários e campo de trabalho, pois dança temos de sobra.


F: O balé contemporâneo faz parte dos seus planos?


C: Acabei de dançar uma obra criada para mim pelo Tíndaro Silvano, para a comemoração dos 92 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, quando dançei de tênis.


F: O que a atrai mais no balé clássico?

C: O desafio de manter viva a tradição dos grandes clássicos.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo