Pela primeira vez, o público paranaense terá a oportunidade de ver de perto 93 gravuras e duas matrizes originais do mestre holandês Rembrandt Harmenszoon Van Rijn (1606-1669). A exposição ''Rembrandt e a Arte da Gravura'' pode ser visitada a partir de quinta-feira, 27 de maio, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.
As obras são provenientes do Museu Casa de Rembrandt, em Amsterdã, na Holanda, e representam um terço do total de gravuras confeccionadas pelo artista. A criteriosa seleção das obras para a mostra foi feita pelos curadores da exposição, Pieter Tjabbs e Ed de Heer, diretor do Museu Casa Rembrandt.
''A escolha foi bem abrangente. O público poderá apreciar praticamente todos os estilos de gravura feitos por Rembrandt: auto-retratos, as cenas bíblicas e religiosas (Velho e Novo Testamento), cenas alegóricas e de gênero, nus, personagens e cenas mitológicas, paisagens, retratos e rostos'', disse Tjabbs.
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Apesar do artista ter entrado para a história da arte como o autor de pinturas célebres (''A Lição de Anatomia'' e ''A Ronda Noturna''), Rembrandt se impôs em sua época como o grande inovador na arte da gravura.
Segundo Pieter Tjabbs, Rembrandt ficou muito mais conhecido, por séculos, como gravador, e não como pintor. A fama por seus exímios trabalhos em gravura lhe rendeu até uma lenda.
Segundo ela, a mais famosa gravura do pintor (Cristo Pregado), foi apelidada de Gravura dos Cem Florins, devido ao preço que o artista teria pago para adquirir um exemplar para a própria coleção. A gravura, que integra a mostra, é considerada o equivalente em papel da tela Ronda Noturna.
As gravuras deverão ser exibidas no MON em uma sala escura. ''A iluminação é mínima, para não danificar as gravuras, que possuem mais de 300 anos. Por este mesmo motivo, a mostra ''Rembrandt e a Arte da Gravura'' passa por nova seleção a cada exposição, ou seja, não são as mesmas obras. Esta foi uma das condições impostas pelo Museu Casa de Rembrandt para que a exposição acontecesse'', explica o curador.
A seleção tem o objetivo de mostrar toda a genialidade de Rembrandt na técnica da água-forte, sobretudo no uso da ponta seca. De acordo com Tjabbs, Rembrandt obteve muito destaque na época por utilizar a técnica da água-forte, que permite ao artista desenhar com uma agulha em uma camada de resina colocada sobre o metal.
''Então, a placa é mergulhada em ácido para ser corroída nos pontos em que a agulha raspou a resina. Aplica-se tinta e a matriz é levada a uma prensa. Rembrandt também inovou com a utilização da ponta seca para gravar'', explica o curador.
A exposição permanece no MON até o dia 25 de julho. Depois, passa pela cidade de Tel Aviv, em Israel. Antes de vir para Curitiba, a mostra passou por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Serviço:
Rembrandt e a Arte da Gravura
Local: Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999 - Centro Cívico
Telefone: (41) 350-4400
Horário para visitação: de terça a domingo, das 10 horas às 20 horas.
Entrada: Adultos pagam R$ 4 e estudantes pagam meia. Crianças de até dez anos, maiores de 60 anos e grupos de estudantes de escolas públicas, pré-agendados, não pagam