A abertura da temporada do Balé Teatro Guaíra apresenta de hoje a sábado, às 20h30 e domingo, às 18 horas, no Guairão, o espetáculo "Contemporâneos Brasileiros". Formado por quatro coreografias diferentes, o bailado homenageia a cultura brasileira por intermédios dos coreógrafos Ana Vitória, Tíndaro Silvano e da dupla Chamecki & Lerner.
O grau de maturidade da companhia de balé é um dos pontos mais valorizados pela diretora do BTG Suzana Braga. "O Balé Guaíra é uma companhia com experiências maduras e está capacitado para enfrentar qualquer palco, aqui e no exterior", analisa.
Com as quatro novas coreografias, o BTG tem agenda confirmada em 15 capitais brasileiras (as mesmas que assistiram a coreografia Segundo Sopro, ano passado), além do Rio de Janeiro e São Paulo, onde não apresentava-se há mais de 15 anos.
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A coreógrafa baiana Ana Vitória montou para o Balé do Teatro Guaíra, o espetáculo "Trânsito" e remontou "Orikis". "Fomos buscar inspiração nos ritmos tribais de culturas diferentes de todo o mundo para a coreografia Trânsito. Em Orikis, trabalho em cima do texto de Pierre Verge, onde a cultura africana se desvenda no que há de mais marcante", esclarece Ana. Os figurinos e cenários são de Ney Madeira e a iluminação de Milton Giglio.
A trilha sonora de Trânsito foi composta por Cláudio Daueslberg especialmente para a coreografia. "Nesse bailado a equipe técnica amarra as diferenças com texturas, como nas artes plásticas. Isso aparece, no palco, com relevos, som de percussão, flexibilidade de expressão, gestual geométrico com ângulos, além de movimentos de cabeça, ombors, braços e mãos", explica a coreógrafa.
Outra montagem feita para o Balé do Teatro Guaíra é "Dípticos", do coreógrafo Tíndaro Silvano. Ele explica que no início do bailado tudo é separado, mas no decorrer da dança, uma gama imensa de gestos com muita simbologia do cotidiano humano como querer, recusar, ir, impedir, puxar, cercear e avançar, aproxima o casal de bailarinos, promovendo a unificação. "Dípticos" é um pas-de-deux com os bailarinos Ian Mickiewicz e Denise Siqueira, considerados pelo coreógrafo almas gêmeas na dança.
A coreografia da dupla Chamecki & Lerner "Nem tudo que se tem se usa" é fruto de uma pesquisa sobre o corpo como um mundo que pode ser manipulado. "Pernas dão ordens aos ombros, que definem os movimentos dos joelhos e assim por diante", esclarece Andréa Lerner. Segundo ela, num primeiro momento, pode dar a impressão de um certo caos, mas existe, no conjunto da coreografia, uma evolução, explica. Esta é a primeira vez que a dupla trabalha com o Balé do Teatro Guaíra.
Serviço: Balé do Teatro Guaíra apresenta as coreografias "Trânsito", "Orikis", "Dípticos" e "Nem tudo que se tem se usa", dias 26, 27 e 28, de quinta-feira a sábado, às 20h30, e dia 29, domingo, às 18 horas, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão). Ingressos a R$ 5,00.