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Clima portenho em Curitiba

Redação Bonde
04 abr 2003 às 10:44

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Durante a década de 70, uma companhia de espetáculos colocou a música portenha em evidência, graças a um espetáculo de Tango que bateu recordes de público no Brasil e nos Estados Unidos. Tanto a companhia quanto o espetáculo recebem o mesmo nome: "Uma Noite em Buenos Aires". Esta grande atração do showbusiness argentino está se apresentando no Brasil e faz uma passagem por Curitiba nesta quarta e quinta-feira (dias 09 e 10 de abril) no grande auditório do Teatro Guaíra.

O show propõe uma retrospectiva da história do gênero, que comemora cerca de um século de vida. Com direção artística do respeitado maestro Carlos Buono, traz um cuidadoso apanhado com o melhor da música, canto e dança da Argentina - ou melhor, de Buenos Aires, já que o Tango é típico da capital argentina e não de todo o país.

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Deste conjunto fazem parte os cantores Alberto Podesta, Nora Roca, Raul Funes e dois casais de bailarinos: Hernan & Nariela e Victor Hugo Nieva & Paola Parrondo - que assina a direção coreográfica. Eles têm o acompanhamento musical da Orquestra de Carlos Buono, formada pelo próprio maestro no bandoneón, Oscar Gonzalez (bandoneón), Moises Svidovsky (violino), Daniel Cucci (contrabaixo acústico), Aldo Zaralegui (piano), Juan Jose Sandri (violão). Complementam o espetáculo o duo Palermo e o convidado especial: maestro Atílio Stampone.

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O repertório deste musical será apresentado em ordem cronológica, desde "La Cumparcita", "Caminito", "A Media Luz", "El dia que me quieras", até clássicos de Piazzolla como "Balada para un loco", "Adios nonino'"e "Libertango".

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Um pouco de história sobre a música
O Tango nasceu em meados do século passado, na cidade de Buenos Aires. A princípio era apenas um ritmo para dançar e suas origens nasceram do "Tanguillo" da Andaluzia (Espanha) e da "Habanera", rumba cadenciada que se dançava em Havana, Cuba. O tango, por incrível que pareça, recebeu influências de ritmos africanos, dos quais, aliás, se deriva o nome "Tango".


Inicialmente, era considerado música de marginais, em que homens dançavam entre si nas ante-salas dos prostíbulos. Enquanto aguardavam a vez para entrar nos quartos das prostitutas, matavam o tempo bailando, homem com homem. Depois, esse ritmo passou a ser dançado em lugares mais finos, nos cafés e cabarés, que imitavam os "Chateaux Cabarés". E o próprio tango começou a ser levado por músicos argentinos para a França e depois para toda Europa no período pós-guerra.

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A figura legendária de Carlos Gardel é o símbolo clássico do tango cantado. Compositor de renome, sua figura constitui um dos grandes mitos populares deste século para o país. Gravou mais de 400 músicas, filmou na Argentina, em Paris, e na Broadway. Morreu num desastre de avião em Medelin (Colômbia), em 1935. Seu parceiro, compositor e escritor de suas canções inesquecíveis, como "Mi Buenos Aires Querido", "El Dia que me Quieras" e "Volver", foi Alfredo Le Pera, brasileiro que morreu no mesmo desastre.


Outro grande nome do tango argentino, contemporâneo de Gardel, foi Astor Piazzolla. Sua música encontrou resistência nas tradicionais famílias argentinas, mas representava a evolução de um ritmo que transcendeu os limites do popular para incorporar o erudito. O "bandoneón", seu instrumento inseparável, incorporou-se ao tango já na primeira década deste século. De origem alemã, esse instrumento constitui a alma das orquestrações do Tango.


Essa febre chegou em Paris, com eventos dedicados ao gênero - que não é apenas um gênero musical, mas também literário - na Citê de la Musique e no Teatro Chaillot, a Argentina reabilitou o Tango cantado, que a ditadura dos generais tentara erradicar, e redescobre a riqueza de suas origens e a filosofia que o acompanha. E mais: em países tão improváveis como a Finlândia, o Tango tornou-se uma verdadeira instituição".


Serviço:
Uma Noite em Buenos Aires

Datas: 09 e 10 de abril 2003
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra - Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão)
Endereço: Praça Santos Andrade / Rua XV de Novembro
Ingressos: R$ 60 (Platéia), R$ 40 (1º balcão) e R$ 30 (2º balcão) - bilheteria aberta para venda antecipada das 10h às 15h e das 16h às 21h
Telefone: (41) 304-7953


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