Fora da competição, a mais recente comédia escrita, dirigida e interpretada por Woody Allen, "Hollywood Ending", abre hoje oficialmente a 55ª edição do Festival de Cannes. O certame reúne todos os anos na badalada Cote d’Azur, durante 12 dias, as novíssimas e variadas tendências do cinema mundial.
Segundo o diretor artístico Tierry Fremaux, os longas em competição (22), os filmes hors concours (7), as apresentações especiais (7), a mostra paralela Un Certain Regard (21), os curtas em competição (11) e os 16 filmes da seção Cinéfondation (realizados por escolas de cinema) fazem parte de uma "seleção dinâmica", com bom número de jovens estreantes.
Entre os americanos, o nome conhecido é o de Paul Thomas Anderson, apresentado sua comédia depois de ‘Magnólia’. A Itália já garantiu de antemão a palma da polêmica com o bate-boca entre o sempre engajado diretor Marco Bellocchio (outro assíduo do festival) e o Vaticano, que considerou ‘L’Ora di Religione/ Il Sorriso di Mia Madre’ um filme herético e profano.
Leia mais:
Feira Flua Cultura promove evento dos 90 anos de Londrina na Concha Acústica
Feira da Concha recebe o show do cantor Nick Amaro nesta terça em Londrina
Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, anuncia show extra em São Paulo; veja como comprar
1º Festival Internacional de Inovação acontece em dezembro em Londrina
A ligação do festival com a atualidade geopolítica mundial fica evidente pela escalação de Israel e Palestina para a competição oficial, respectivamente com ‘Kedma’, de Amos Gitai (outro queridinho de Cannes), e ‘Intervention Divine’, de Elia Suleiman. Segundo consta, duas contribuições para a paz.
Quando se esperava o brasileiro ‘Cidade de Deus’ na briga pela Palma, o filme de Fernando Meirelles acabou hors concours. O Brasil conta ainda com a dupla presença de Walter Salles: no júri oficial de longas e como diretor de ‘Caju e Castanha contra o Encouraçado Titanic’, uma crítica bem humorada, de apenas 4 minutos, sobre a hegemonia norte-americana no mercado brasileiro de filmes. Ainda brasileiro é ‘Madame Satã’, longa de estréia de Karim Ainouz encaixado em Certain Regard. E em Cinéfondation, representando a Universidade Federal Fluminense, Eduardo Valente defende o curta ‘Um Sol Alaranjado’.
Além de Walter Salles, o júri oficial é composto pelos diretores David Lynch (presidente), Billie August, Claude Miller, Raoul Ruiz e Regis Wargnier, e as atrizes Sharon Stone, Christine Hakim e Michele Yeoh.
*Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta quarta-feira