Uma jornada de cerca de 50 apresentações vai marcar o 23º Festival de Música de Londrina. Orquestras sinfônicas, big bands, quintetos de sopros e metais, grupos de percussão, instrumentistas de jazz, bambas do choro e solistas de piano, acordeon e viola são algumas das atrações escaladas para a programação artística do evento que começa no próximo domingo e termina no dia 19.
''A programação está tão ou mais intensa do que a do ano passado'' - declarou o diretor-artístico do FML, Norton Morozowicz, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira pela manhã na Secretaria Municipal de Cultura. A exemplo das edições recentes, o elenco de artistas convidados reflete a diversidade sonora abraçada pela comissão organizadora abrangendo do erudito ao popular sem deixar de fora expressões contemporâneas de cunho social como o hip hop.
O Teatro Marista passa a ocupar espaço nobre na programação ao lado do Cine Teatro Ouro Verde, que estava em reformas em 2002. Assim, o público contará com duas séries de concertos, uma às 18h30 e outra às 20h30. O Marista será palco para a ''Londrina Mostra'', uma série de apresentações dedicada à produção local que vai reunir o Londrina Jazz Trio, a cantora Gemima, o Chorus, o Quinteto de Metais Paraná e a Banda Champagnat.
Leia mais:
Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, anuncia show extra em São Paulo; veja como comprar
1º Festival Internacional de Inovação acontece em dezembro em Londrina
Réveillon do Rio terá Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Maria Bethânia e Anitta
Eduardo Paes sugere show de Lady Gaga no Rio de Janeiro para 2025
O local abrigará ainda a viola caipira de Roberto Corrêa, o quarteto curitibano de saxofone A Plenos Pulmões, um recital de música de câmara, a noite de choros e MPB e a noite de jazz com o saxofonista de New Orleans (EUA) Ray Moore. Este último será uma das principais atrações do Festival. Morozowics lembra que à exceção da primeira ''noite de jazz'', realizada em 1996 com a presença do pianista Chuck Marrone, todas as demais tiveram participação de músicos brasileiros.
Na edição deste ano, o Festival flerta com o teatro e também com a dança. Um ''Balé Afro'' será apresentado no Calçadão, no dia 16, pelos integrantes do Nação Terra Vermelha, um grupo de maracatu de Recife (PE) que irá ministrar oficinas de percussão e dança no distrito de Lerroville. Completando a programação artística do evento figuram a Orquestra Sinfônica de Curitiba, a Orquestra Sinfônica da UEL, a Orquestra Marista de MPB, a Banda Pequi (big band de Goiânia), o Quinteto de Metais Itaratan (de Apucarana) e a Big Band de Londrina.
O bloco pedagógico, por sua vez, reúne 63 cursos entre oficinas, workshops, palestras e encontros. Até esta quinta-feira, 1.200 alunos haviam feito as inscrições, número equivalente ao do ano passado. Orçado em R$ 575 mil, o Festival de Música quase sofreu uma ''mutilação'' em sua programação depois do governo estadual cortar R$ 150 mil dos R$ 250 mil de recursos prometidos até o começo de junho.
O ''rombo'' foi saneado graças - segundo Morozowicz - aos esforços do deputado estadual Natálio Stika (PT), que teria pleiteado a verba junto à Petrobrás. O restante do dinheiro foi disponibilizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Ministério da Cultura, UEL e Ministério do Turismo (por intermediação do deputado federal Alex Canziani, do PTB). A abertura do evento será no domingo, no Anfiteatro do Zerão, às 17 horas, com um concerto da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina.