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Curitiba terá Conselho Municipal de Cultura

Simone Mattos - Folha do Paraná
01 fev 2001 às 11:33

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Na avaliação da classe artística, o saldo do seminário "Cultura: Arte e Trabalho", realizado no início desta semana, foi positivo. Mais de 300 artistas participaram ativamente dos debates e discussões, que tinham como principal objetivo definir os novos rumos da política cultural do Estado. O resultado concreto e imediato foi a elaboração de um documento.

"O prefeito Cassio Taniguchi e o presidente da Fundação Cultural de Curitiba Cássio Chamecki se comprometeram publicamente a aceitar os quatro itens contidos neste documento", afirma o artista plástico Luiz Arthur Montes Ribeiro, integrante do Fórum de Cultura do Paraná e do Fórum das Entidades Culturais de Curitiba.

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Entre os itens estão a criação do Conselho Municipal de Cultura: um conselho deliberativo formado por artistas, integrantes da comunidade e da Fundação Cultural de Curitiba e que terá como nobre missão por em prática a política cultural.

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Outra decisão da classe é em relação aos espaços da Fundação Cultural de Curitiba. "O Centro Cultural do Portão, por exemplo, é um espaço morto", comenta Ribeiro. Outros locais citados são a Cinemateca de Curitiba, o Solar do Barão e o Memorial de Curitiba.

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O terceiro item contido no documento é sobre uma efetiva participação da classe artística nas futuras decisões da Fundação Cultural de Curitiba. "Isto será feito através do Fórum, que representa mais de 35 entidades culturais", explica Ribeiro.


Para encerrar, o documento sugere que artistas locais sejam mais prestigiados, por meio de ações culturais específicas que priorizariam a periferia e seus respectivos talentos. "Nos últimos oito anos, toda a política cultural da cidade se reduziu ao Centro", critica.

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Na avaliação do diretor de teatro Chico Pennafiel, que participou ativamente do seminário, as discussões foram férteis e o evento foi válido. "As últimas duas gestões da Fundação Cultural de Curitiba foram encasteladas, sem qualquer diálogo com a classe artística", lembra. "Por isso, o encontro foi um grande avanço para nós". Embora a iniciativa da atual gestão tenha sido amplamente elogiada, isto não significa que os artistas estejam menos atentos às ações do novo presidente. "O fato do Festival de Teatro de Curitiba continuar recebendo dinheiro público municipal e continuar sendo administrado por Vítor Aronis, ex-sócio de Cássio Chamecki (na empresa Calvin Entretenimento), é ilegal e imoral", afirma Ribeiro.


Pennafiel comenta ainda que agora eles não podem mais ser vistos como "os meninos do festival de teatro", como eram chamados pela classe até a edição passada, mas sim como "os meninos da fundação cultural". Vale lembrar que o terceiro sócio da Calvin, Leandro Knopfholz, também faz parte agora da diretoria da Fundação Cultural de Curitiba.

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O fato de ter dinheiro público numa empresa cultural de iniciativa privada deixa a classe artística inquieta. A principal preocupação, entretanto, é em relação ao baixo aproveitamento dos artistas locais no festival. No ano passado, por exemplo, houve apenas um espetáculo curitibano na mostra oficial: "Além da Lenda", de Neiva Camargo.


"Esperamos que na edição deste ano do Festival de Teatro de Curitiba haja uma sensibilização de seus organizadores para que dêem o valor exato aos artistas locais", afirma Pennafiel. Isto, em sua opinião, significaria pelo menos quatro espetáculos curitibanos na mostra oficial.

Ele deixa claro que a classe não está "mendigando" por farelos do festival, mas apenas exigindo o devido reconhecimento a seu trabalho. "Há muitos anos que Curitiba já faz parte da grande produção nacional em teatro, com trabalhos de alta qualidade", afirma Pennafiel. "Isto só não foi percebido ainda pelos organizadores do Festival de Teatro de Curitiba".


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