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Escritores de várias localidades debatem no Perhappines

Redação Bonde
16 set 2003 às 17:28

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O escritor argentino César Aira é um dos nomes que compõem o segundo painel criativo do Perhappiness 2003, evento literário promovido pela Fundação Cultural de Curitiba até o próximo domingo, no Memorial de Curitiba. Aira, considerado hoje um dos principais representantes da literatura contemporânea em língua hispânica, com obras publicadas em vários idiomas, participa da mesa de debates nesta quarta-feira, 17 de setembro, às 19h, ao lado dos escritores Rubens Figueiredo e Wilson Bueno, além do jornalista Marcelo Pen (mediador).

Um dos escritores mais aguardados para o evento, César Tomás Aira (1949) transcende em importância as fronteiras do seu país. Suas obras - mais de 30 livros - foram traduzidas e editadas na França, Inglaterra, Itália, Brasil, Espanha, México e Venezuela. Em Buenos Aires, onde vive, é tradutor, novelista, dramaturgo e ensaista. Escreve sobre literatura em diversos jornais e revistas.

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Aira é um especialista sobre diversos autores e escolas literárias (Rimbaud, Mallarmé, Copi, Construtivismo, entre outros), sobre os quais realiza cursos nas Universidades de Buenos Aires e Rosário. Com o romance "Como me hice monja", publicado na Espanha em 1998, Aira foi eleito um dos dez melhores escritores do ano naquele país. A crítica o descreve como "o mais original e chocante, o mais excitante e subversivo da narrativa hispânica" e diz que "Aira goza do raro privilégio de criar beleza, a exemplo de Oscar Wilde ou de Fellini".

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O carioca Rubens Figueiredo, romancista, contista e tradutor, recebeu o prêmio Jabuti pelos livros "As palavras secretas" (1998) e "Barco a seco" (2001), editados pela Companhia das Letras. Teve contos publicados nas coletâneas "Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século" e "Literatura brasileira e portuguesa, ano 2000", entre outras. Traduziu 35 livros para as editoras Cosak & Naify, Companhia das Letras, Editora 34, Editora da UERJ, Record e Rocco.

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A obra do escritor paranaense Wilson Bueno passou a ser nacionalmente reconhecida a partir do lançamento, em 1992, da novela "Mar Paraguayo", pela Editora Iluminuras. Num mix de espanhol, português e guarani, Bueno conta a vida de uma sofrida mulher e "el viejo", com quem ela vive, em Guaratuba, no litoral do Paraná.


Depois, o autor publicou "Manual de Zoofilia", textos que refletem a mitopoética do amor erótico humano, o romance "Cristal", pela editora Siciliano, "Jardim Zoológico", apresentado por Arnaldo Antunes, e "Pequeno Tratado de Brinquedos". Seu romance recente, "Meu Tio Roseno, a Cavalo" foi finalista do Prêmio Jabuti 2001. Em 2000, Wilson Bueno foi contemplado com a Bolsa Vitae de Literatura pelo romance "Amar-te a ti nem sei se com carícias", prestes a ser editado.

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Bueno foi o criador e editor, por oito anos, do suplemento Nicolau, inúmeras vezes premiado, inclusive com o título de Melhor Jornal Cultural do Brasil, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (1987).
Marcelo Penn é crítico literário da Folha de S. Paulo, mestre em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo, onde defendeu a dissertação que deu origem ao livro "A arte do romance: antologia de prefácios de Henry James" (Ed. Globo, 2003).


Atualmente dedica-se ao doutorado que realiza na mesma universidade. Seus artigos também foram publicados nas revistas Cult, Magma, Carta Capital, América Economia, site Infobrazil, e jornais O Estado de São Paulo e O Globo.

Os painéis criativos do Perhappiness trazem ainda, até o final da semana, os escritores Deonísio da Silva, Fernando Bonassi, Ângela Lago, Ana Miranda, André Sant’Anna, Marco Lucchesi e Jorge Montesinos (Paraguai). Outra atração será o escritor alemão Frido Mann, neto de Thomas Mann, que fará no Teatro do Paiol a leitura de trechos dos seus romances "Brasa" e "Trompa da Noite".


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