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Oficina resgata tradição nordestina

Redação - Bonde
23 jan 2002 às 15:36

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A 10ª Oficina de Música Popular Brasileira, promovida pela Fundação Cultural de Curitiba, promove uma série de cursos de música de raiz e resgata as mais genuínas manifestações populares. Um deles é o de Técnica e Construção de Pífano, ministrado pelo músico e compositor alagoano Egildo Vieira. O resultado do curso é a formação de uma Banda de Pífanos, que se apresenta na próxima sexta-feira (25), a partir das 13h, no Largo da Ordem.

Além de ensinar a tocar pífano, um tipo de flauta rudimentar feita com bambu, Egildo também mostra como confeccioná-la. A flauta é feita com um gomo da madeira seca. Os seis furos são feitos com fogo e obedecem uma medição matemática, de acordo com o diâmetro do bambu. "O segredo da afinação do pífano é a simetria", ensina Egildo.

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O pífano é um dos instrumentos musicais originários da Península Ibérica e chegou ao Brasil junto com a colonização. É usado nos temas musicais folclóricos do Nordeste, abrangendo da Bahia ao Maranhão. É pouco conhecido no sul do país, mas em algumas capitais nordestinas tem sido apropriado até pelos ritmos mais recentes, como o "mangue beat", que faz furor em Recife (PE).

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O músico conta que a tradição dos pífanos já correu o risco de desaparecer. "As plantações de cana-de-açúcar devastaram a mata de tabocas, colocando em risco até mesmo a matéria-prima do instrumento. Cheguei a ver bandas de pífanos feitos com tubos de PVC", lamenta. Felizmente, segundo ele, algumas iniciativas deram sobrevida ao instrumento. Áreas foram preservadas especialmente para manter os bambuzais. Além disso, hoje existem cursos de extensão nas universidades do Nordeste voltados exclusivamente para o pífano.


Ele mesmo é um dos que mais batalham pela preservação dos instrumentos folclóricos, como o pífano e o berimbau. "Não escondo nada. É minha obrigação passar para frente tudo o que eu sei, pois disso depende a continuidade dessas tradições", afirma Egildo, satisfeito com a oportunidade de dar aulas na Oficina de Música de Curitiba e disseminar esse trabalho em outras regiões.

Radicado em Recife desde 1971, Egildo Vieira integrou, a convite de Ariano Suassuna, o Quinteto Armorial. É compositor de variados estilos de música pernambucana, entre eles o frevo, em todas as suas modalidades, com vários discos gravados com suas composições. Franco defensor de instrumentos folclóricos nordestinos, retira deles a inspiração para criar novos instrumentos com o uso de materiais típicos da região, como a cabaça e a taboca. Instrumentista hábil, virtuose da flauta transversa, estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, onde é professor de Departamento de Música.


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