Há mais de seis décadas, as primeiras famílias de alemães começavam a fincar morada na região de Rolândia (25 km a oeste de Londrina), fugindo de uma Europa em guerra. Lá foram construindo sua história sem, no entanto, esquecerem-se das tradições culturais da pátria-mãe.
Uma forma que encontraram para garantir a preservação da cultura alemã em terras brasileiras foi através de festas típicas, como a Oktoberfest, que atingiu este ano sua maioridade. A 18ª edição, que será encerrada neste domingo, chegou um pouco transformada pela modernidade mas ainda preocupada em continuar celebrando a alegria, os costumes e as tradições forjadas no Velho Continente.
A família do paisagista Paulo Unberhaun, 61 anos, chegou à região em 1937, guiada pelo patriarca Franklin Werner, então um jovem pioneiro com 37 anos. Paulo contou orgulhoso que enquanto todos se preocupavam em desnudar a mata virgem para abrir caminho para a agricultura, o pai era motivo de piadas entre os desbravadores por fazer exatamente o inverso. O tempo se encarregou de dar razão ao sábio alemão.
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Daquela época sobraram as memórias, as fotografias da numerosa família reunida em frente à casa de pau a pique e as iniciativas que a colônia alemã teve para não ver morrer suas tradições culturais. Uma delas foi a realização da Oktoberfest, idealizada em 1988 pelo pastor luterano Edgar Ravache. À frente do brasão da família Unberhaun e acompanhado pela filha Silvia e pelo jovem pastor da Igreja Luterana local, Diego Bihel, de 27 anos, eles relembraram à Folha que a Oktoberfest surgiu pequenina, restrita à comunidade alemã que vivia no município. Alegres e festivos por tradições, os alemães procuravam com isso divulgar o costumes trazidos da Alemanha e, ao mesmo tempo, agradecer a receptividade que tiveram do povo brasileiro. ''Era uma festa um pouco fechada porque só se falava alemão'', recordou Sílvia. Por isso, nos primeiros anos não chegava a atrair a atenção do restante da população.
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